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Os guardas de fronteira ucranianos que disseram a um navio de guerra russo “vá se foder” enquanto defendiam a Ilha da Cobra no Mar Negro ainda estão vivos e sendo mantidos em cativeiro pelas forças invasoras, disse a marinha de Kiev nesta segunda-feira (28).
Os 13 guardas foram considerados inicialmente mortos depois que se recusaram a entregar seu posto na pequena ilha perto da fronteira romena quando dois navios russos se aproximaram na quinta-feira (22) passada.
A marinha ucraniana disse em um post no Facebook que os guardas foram “capturados por ocupantes russos”.
“Estamos muito felizes em saber que nossos irmãos estão vivos e bem”, dizia o post.
Autoridades ucranianas haviam declarado na semana passada que todos os guardas haviam sido mortos depois que as forças de Moscou abriram fogo com canhões de cano e ataques aéreos, cortando todas as comunicações com a ilha de 42 acres.
Mas o Serviço Estadual de Guarda de Fronteiras da Ucrânia revelou no sábado que os guardas ainda podem estar vivos.
A Rússia afirmou na sexta-feira que os guardas ucranianos realmente se renderam – e não mencionou a realização de ataques.
A história dos bravos soldados ganhou as manchetes internacionais quando surgiu um clipe de áudio da troca entre as forças ucranianas e russas.
“Este é um navio de guerra russo”, uma voz não identificada pode ser ouvida dizendo. “Eu proponho que você deponha suas armas e se renda para evitar derramamento de sangue e vítimas desnecessárias. Caso contrário, você será bombardeado.”
“Navio de guerra russo, vá se foder”, responderam os ucranianos.
Após o vídeo se tornar viral, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prometeu decorar os guardas de fronteira supostamente mortos com a maior honra do país.
“Em nossa ilha Zmiinyi, defendendo-a até o fim, todos os guardas de fronteira morreram heroicamente. Mas eles não desistiram. Todos eles receberão postumamente o título de Herói da Ucrânia”, disse ele em seu site.