Nesta segunda-feira (14), os EUA disseram a aliados na Otan e vários países asiáticos que a China havia sinalizado disposição de fornecer ajuda militar e econômica à Rússia, a pedido de Moscou, para apoiar sua guerra na Ucrânia.
A informação é da Reuters e a declaração foi feita por uma autoridade norte-americana, sob condição de anonimato, enquanto altos funcionários dos EUA e da China se reúnem em Roma.
A mensagem, enviada em um telegrama diplomático e entregue pessoalmente por oficiais de inteligência, também disse que a China deve negar esses planos.
O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, se reuniu com o principal diplomata da China, Yang Jiechi, em Roma, após seu aviso de que a China enfrentaria consequências se ajudasse a Rússia a evitar sanções ocidentais e em meio a relatos de que a Rússia havia pedido equipamento militar à China.
A Rússia negou os relatórios, afirmando que tem recursos militares suficientes para cumprir todos os seus objetivos na Ucrânia.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China descreveu os relatórios como “desinformação”.
A Rússia começou sua invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, chamando-a de “operação especial” para “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia. A Ucrânia e os aliados ocidentais chamam isso de pretexto infundado para uma guerra.
O telegrama diplomático, ou demarche, foi relativamente vago sobre a disposição da China de fornecer armas à Rússia, mas as autoridades de inteligência deveriam compartilhar mais detalhes durante reuniões pessoais, disse o funcionário.
No domingo (14), Sullivan disse que Washington está observando atentamente para ver até que ponto a China fornece apoio econômico ou material à Rússia.
“Estamos comunicando diretamente, em particular a Pequim, que haverá absolutamente consequências para esforços de evasão de sanções em larga escala ou apoio à Rússia para preenchê-las”, disse Sullivan.
“Não permitiremos que isso avance e que haja uma tábua de salvação para a Rússia dessas sanções econômicas de qualquer país, em qualquer lugar do mundo”.