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Na quinta-feira (17), o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, culpou a Otan pela guerra na Ucrânia e disse que resistirá aos apelos para condenar a Rússia pela invasão ao país vizinho.
Os comentários de Ramaphosa colocam em dúvida se ele seria aceito pela Ucrânia ou pelo Ocidente como mediador.
“A guerra poderia ter sido evitada se a Otan tivesse atendido as advertências de seus próprios líderes e funcionários ao longo dos anos de que sua expansão para o leste levaria a uma maior, não menor, instabilidade na região”, disse Ramaphosa em resposta a perguntas no parlamento.
Ele acrescentou que a África do Sul “não pode tolerar o uso da força e a violação do direito internacional” — uma aparente referência à invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
O ditador russo Vladimir Putin caracterizou as ações de seu país como uma “operação especial” para desarmar e “desnazificar” a Ucrânia e combater o que ele chama de agressão da Otan.
Kiev e seus aliados ocidentais acreditam que a Rússia lançou a guerra não provocada para subjugar um vizinho que Putin chama de estado artificial.
Ramaphosa também revelou que Putin lhe garantiu pessoalmente que as negociações estavam progredindo. O líder sul-africano disse que ainda não conversou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, mas que queria.
Na última sexta-feira, Ramaphosa disse que a África do Sul foi convidada a mediar o conflito Rússia-Ucrânia. Ele não disse quem lhe pediu para intervir.