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Rússia e Ucrânia concluem mais uma rodada de negociações sem nenhum sinal de avanço

Foto: Shutter stock

 As delegações de Rússia e Ucrânia concluíram nesta segunda-feira (21) mais uma rodada de negociações por videoconferência, mas ainda não há sinais de acordo entre os dois lados para interromper a guerra iniciada por Moscou em 24 de fevereiro.   

“O encontro durou das 10h30 às 12h [horário de Kiev] com as delegações oficiais, depois chegaram os grupos de trabalho”, disse um representante ucraniano, David Arahamiya, citado pela agência de notícias local Unian.   

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De acordo com ele, as atividades dos grupos de trabalho prosseguirão durante “todo o dia”. Alguns países tentam mediar um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, mas o Kremlin afirmou nesta segunda que não houve progressos nesse sentido.   

“Em primeiro lugar, é preciso fazer o dever de casa, ou seja, concordar com os resultados das conversas, antes de falar em um encontro de presidentes. Até agora, não ocorreram progressos significativos”, declarou o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov.   

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Por sua vez, um conselheiro de Zelensky, Alexander Rodnyansky, disse que Moscou não tem uma postura “séria” nas negociações e tenta “fazer o Ocidente pensar que novas sanções não são necessárias”. “Não buscam a paz e, ao mesmo tempo, bombardeiam cidades em larga escala”, salientou.   

Já a vice-premiê ucraniana, Iryna Vereshchuk, afirmou que oito corredores humanitários foram abertos nesta segunda-feira, mas nenhum deles a partir de Mariupol, cidade do sudeste do país que está cercada pela forças russas há mais de três semanas.  

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Moscou chegou a pedir a rendição de Mariupol, mas Kiev disse que essa “não é uma opção”. “Estou certa de que vou morrer logo, é questão de dias. Todos nessa cidade esperam a morte, só gostaria que não fosse tão assustadora”, contou uma moradora de Mariupol, Nadezda Sukhorukova, em seu perfil no Facebook.   

Na mensagem, ela fala em “cadáveres nas sacadas” e que a cidade vive um “silêncio de cemitério por todo lugar”. Denis Pushilin, chefe da autoproclamada república de Donetsk, que participa do cerco a Mariupol, disse nesta segunda que pode ser necessária pelo menos mais uma semana para tomar a cidade.   

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“Não sou tão otimista sobre o fato de que sejam necessários dois ou três dias ou menos de uma semana para encerrar a questão. A cidade é grande”, declarou Pushilin, de acordo com a agência russa Interfax.   

Até o momento, cerca de 45 mil pessoas já conseguiram fugir de Mariupol, que tinha aproximadamente 450 mil habitantes até o início da guerra.   

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“Aquilo que está acontecendo em Mariupol é um imenso crime de guerra, algo horrendo, a cidade está completamente destruída”, afirmou o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell.   

Outras frentes – Na capital da Ucrânia, Kiev, as autoridades municipais decretaram um novo toque de recolher até a manhã de quarta-feira (23), após as forças russas terem atacado um shopping center na cidade, deixando ao menos oito mortos.  

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Navios da Rússia também abriram fogo contra o Porto de Odessa, o principal do país, mas teriam sido repelidos pela artilharia ucraniana – a cidade é a terceira mais populosa da Ucrânia e sua ligação mais importante com o comércio marítimo internacional.   

Já em Sumy, no centro do país, um ataque russo atingiu uma indústria química e provocou o vazamento de amônia, gás tóxico para humanos. A área afetada teria um raio de 2,5 quilômetros a partir da fábrica, mas as autoridades ucranianas afirmam que a situação já está sob controle.   

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“Não há nenhuma ameaça para a população”, afirmou o governador da região de Sumy, Dmytro Zhyvytskyi.

*Com informações de ANSA

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