Mundo

Rússia diz que só usaria armas nucleares se sua existência fosse ameaçada

O porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, admitiu que a Rússia ainda não atingiu nenhum de seus objetivos militares na Ucrânia e se recusou a negar que Moscou poderia recorrer ao uso de armas nucleares.

Em entrevista a jornalista Christiane Amanpour, da CNN americana, nesta terça-feira (22), Dmitry Peskov se recusou repetidamente a descartar que a Rússia considerasse o uso de armas nucleares contra o que Moscou via como uma “ameaça existencial”. Quando perguntado em que condições Putin usaria a capacidade nuclear da Rússia, Peskov respondeu: “se é uma ameaça existencial para o nosso país, então pode ser”.
Quando perguntado sobre o que Putin achava que havia conquistado na Ucrânia até agora, Peskov respondeu: “Bem, em primeiro lugar, ainda não. Ele ainda não alcançou”.

“O presidente [Vladimir] Putin pretende fazer o mundo ouvir e entender nossas preocupações. Temos tentado transmitir nossas preocupações ao mundo, à Europa, aos EUA, há algumas décadas. Mas ninguém nos ouviu e, antes que seja tarde demais, foi uma decisão de iniciar a operação militar especial para se livrar da anti-Rússia que foi criada junto às nossas fronteiras”, disse Peskov.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Temos um conceito de segurança doméstica. É público; você pode ler todas as razões para o uso de armas nucleares. Então, se é uma ameaça existencial para o nosso país, então pode ser usado de acordo com o nosso conceito.”

O porta-voz também afirmou que a “operação militar especial”  estava “seguindo estritamente de acordo com os planos e os propósitos que foram estabelecidos de antemão”.
CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile