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O presidente Joe Biden anunciou mais US$ 800 milhões em assistência militar nesta quarta-feira (13) após um telefonema com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.
Biden disse que o pacote seria uma mistura de sistemas já implantados na luta, bem como “novas capacidades adaptadas ao ataque mais amplo que esperamos que a Rússia lance no leste da Ucrânia”.
“Esses novos recursos incluem sistemas de artilharia, rodadas de artilharia e veículos blindados de transporte de pessoal. Também aprovei a transferência de helicópteros adicionais. Além disso, continuamos a facilitar a transferência de capacidades significativas de nossos aliados e parceiros em todo o mundo”, escreveu Biden em comunicado anunciando o pacote de armas adicional.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, detalhou alguns dos itens do pacote de armas mais recente durante um briefing no Departamento de Defesa. Ele disse que a lista de armas “saiu diretamente de várias conversas com os ucranianos nos últimos dias”.
Incluirá 11 helicópteros Mi-17, que foram anteriormente destinados ao Afeganistão antes do colapso do governo apoiado pelos EUA, 18 obuses e 40.000 rodadas de artilharia, 500 mísseis Javelin, 300 veículos blindados e 300 drones Switchblade.
O último pacote de segurança, o sétimo desse tipo, vem logo após as recentes avaliações da inteligência dos EUA de que o Kremlin em breve concentrará seu poderio militar no leste e sul da Ucrânia, após semanas de avanços terrestres paralisados na capital Kiev.
Nas últimas sete semanas, as forças russas em solo na Ucrânia foram assoladas por uma série de problemas logísticos no campo de batalha, incluindo relatos de escassez de combustível e alimentos, além de congelamento.
Um alto funcionário de defesa dos EUA, que falou sob condição de anonimato para compartilhar novos detalhes do Pentágono, disse a repórteres em uma teleconferência que a Rússia está se preparando para “um impulso renovado” na parte leste da Ucrânia.
“Continuamos a ver movimentos e atividades das forças russas na Bielorrússia e na Rússia. Eles continuam a reunir suas forças, organizá-las, equipá-las e apoiá-las materialmente”, disse o funcionário, acrescentando que os russos estão atualmente preparando helicópteros e artilharia para a luta.
Desde a invasão de Moscou em 24 de fevereiro, o governo Biden enviou mais de 100.000 soldados dos EUA para países membros da Otan e autorizou US$ 2,6 bilhões em assistência de segurança. Os EUA forneceram um total de US$ 3,2 bilhões à Ucrânia desde o início da presidência de Biden, segundo a Casa Branca.
Além disso, a aliança da OTAN colocou mais de 140 navios de guerra e 130 aeronaves em alerta máximo. Enquanto isso, a OTAN tem consistentemente alertado Putin de que um ataque a um estado membro da OTAN será visto como um ataque a todos, desencadeando o artigo 5º do grupo.
A Ucrânia, que busca a adesão à OTAN desde 2002, faz fronteira com quatro aliados da OTAN: Polônia, Eslováquia, Hungria e Romênia. Atualmente, a Polônia abriga a maioria das tropas da aliança de 30 membros e, até agora, recebeu a maior parte dos refugiados que fogem da guerra.
As Nações Unidas confirmaram 1.932 mortes de civis e 2.589 feridos na Ucrânia desde que a Rússia invadiu seu ex-vizinho soviético. O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acrescenta que o número de mortos na Ucrânia é provavelmente maior, citando atrasos nos relatórios devido ao conflito armado.