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Igreja Ortodoxa Russa repreende Papa após comentário de “coroinha de Putin”

A Igreja Ortodoxa Russa repreendeu o Papa Francisco nesta quarta-feira (4) por usar o tom errado depois que ele pediu ao Patriarca Kirill que não se tornasse o “coroinha” do Kremlin, alertando o Vaticano que tais comentários prejudicariam o diálogo entre as igrejas.

A Igreja Ortodoxa Russa disse ser lamentável que um mês e meio depois de Francisco e Kirill, o patriarca de Moscou e de Toda a Rússia, terem falado diretamente, o papa tenha adotado tal tom.

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“O Papa Francisco escolheu um tom incorreto para transmitir o conteúdo desta conversa”, disse o Patriarcado de Moscou, embora não tenha mencionado explicitamente o comentário do “altar”.

“Tais declarações não devem contribuir para o estabelecimento de um diálogo construtivo entre as Igrejas Católica Romana e Ortodoxa Russa, que é especialmente necessário no momento”.

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Kirill, 75, um aliado próximo de Putin, vê a guerra como um baluarte contra um Ocidente que ele considera decadente, particularmente sobre a aceitação da homossexualidade.

A Igreja Ortodoxa Russa é de longe a maior das igrejas da comunhão ortodoxa oriental, que se separou do cristianismo ocidental no Grande Cisma de 1054. Hoje ela tem cerca de 100 milhões de seguidores dentro da Rússia e mais fora.

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A Ucrânia tem cerca de 30 milhões de crentes ortodoxos, divididos entre a Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou e duas outras Igrejas Ortodoxas, uma das quais é a Igreja Ortodoxa Ucraniana autocéfala, ou autogovernada.

Francisco, de 85 anos, pediu uma reunião em Moscou com Putin sobre a Ucrânia, mas o Kremlin disse na quarta-feira que não havia acordo sobre isso.

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A Rússia e o Ocidente enquadram o conflito na Ucrânia de forma muito diferente.

Moscou chama suas ações de “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e protegê-la dos fascistas. Kiev e seus apoiadores ocidentais dizem que a alegação do fascismo é absurda e dizem que a Rússia está travando uma guerra não provocada que ameaça a continuidade da existência da Ucrânia como um estado soberano e democrático.

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O Patriarcado de Moscou citou Kirill dizendo ao Papa Francisco em 16 de março que a mídia ocidental falhou em relatar com precisão a situação na Ucrânia – uma queixa russa frequente.

‘REBANHO DIVIDIDO’

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Kirill disse que o conflito na Ucrânia começou em 2014, quando protestos derrubaram um presidente pró-Rússia. Kirill observou o que ele disse ser a perseguição de falantes de russo na cidade portuária de Odesa, na Ucrânia. A Ucrânia nega tal perseguição.

Mas Kirill também expressou tristeza pelo conflito.

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“Claro que esta situação está associada a uma grande dor para mim. Meu rebanho está em ambos os lados do confronto, eles são principalmente ortodoxos”, disse o Patriarcado, citando-o.

“Como podemos promover a pacificação daqueles que lutam com o único objetivo de alcançar a consolidação da paz e da justiça?”

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Putin também citou a ampliação da Otan para as fronteiras da Rússia como uma razão para o conflito na Ucrânia, apesar do que ele diz ter sido garantias dadas quando a União Soviética entrou em colapso de que a aliança não iria se expandir – uma questão que Kirill abordou.

“O Patriarca Kirill lembrou ainda que no final da era soviética, a Rússia recebeu a garantia de que a OTAN não se moveria uma polegada na direção leste”, disse o Patriarcado de Moscou. “No entanto, essa promessa foi quebrada.”

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Os Estados Unidos e a Otan negam que tais garantias tenham sido dadas, mas dizem que os países são livres para se inscrever em uma aliança que dizem ser puramente defensiva e não representa ameaça para a Rússia.

 

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Com informações da Reuters

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