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Nesta sexta-feira (13), a Ucrânia afirmou que a Rússia deportou à força mais de 210 mil crianças desde o início da invasão em 24 de fevereiro e acusou Moscou de querer torná-las cidadãs russas.
A ombudswoman de direitos humanos Lyudmyla Denisova disse que as crianças estão entre os 1,2 milhão de ucranianos que Kiev diz terem sido deportados contra sua vontade.
A Reuters não pôde verificar de forma independente o número fornecido por Denisova ou suas alegações, para as quais ela não forneceu provas de apoio. O Kremlin não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentar as alegações de Denisova sobre a deportação de um grande número de crianças e outros cidadãos ucranianos.
A Rússia negou atacar civis intencionalmente desde o lançamento do que chama de “operação militar especial” na Ucrânia e diz que está oferecendo ajuda humanitária para aqueles que querem deixar a Rússia.
“Quando nossos filhos são retirados, eles destroem a identidade nacional, privam nosso país do futuro”, disse Denisova em rede nacional. “Eles ensinam nossos filhos lá, em russo, a história que [o presidente russo Vladimir] Putin contou a todos”, completou.
A Rússia se referiu a “refugiados” que chegam à Rússia para escapar dos combates, principalmente da cidade de Mariupol, no Sul da Ucrânia, que está em mãos russas após semanas de cerco e bombardeio.
As Convenções de Genebra de 1949, que definem as normas jurídicas internacionais para o tratamento humanitário em conflitos, proíbem as transferências forçadas em massa de civis durante um conflito para o território da potência ocupante, classificando-o como crime de guerra.