Os Estados Unidos (EUA) relatam o primeiro caso de varíola do macaco após o Reino Unido e Portugal confirmarem novos casos hoje cedo (18). Também existem vários casos suspeitos no Canadá e na Espanha.
O caso relatado pelos EUA é de um homem em Massachusetts, que tinha viajado recentemente para o Canadá. A informação foi confirmada pelo departamento de saúde do estado.
Isso ocorre depois que mais quatro casos da doença rara foram identificados no Reino Unido na terça-feira, elevando o total nacional para sete desde o início de maio.
A varíola do macaco é rara e causada pelo vírus da varíola símia, semelhante geneticamente ao vírus da varíola, mas que causa uma doença geralmente mais leve, segundo o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento.
“Apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatório do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (p. ex., esquilos) nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central”, explica o guia médico.
O vírus passa de animais para humanos por meio de secreções fisiológicas, mas a transmissão entre humanos é mais difícil. Acredita-se que seja mais provável quando há contato direto e pessoal prolongado, segundo o manual.
De acordo com a OMS, o período de incubação do vírus varia entre seis e 13 dias, podendo chegar a três semanas. Os sintomas são semelhantes aos da varíola, sendo as bolhas na pele o mais característico, mas também ocorre febre, calafrios, cansaço e dores musculares.
“Os sintomas podem ser leves ou graves, e as lesões podem ser muito pruriginosas ou dolorosas”, complementa a entidade em comunicado. Os pacientes também podem apresentar linfonodos aumentados e maior risco de infecção bacteriana secundária da pele e dos pulmões.
O Manual MSD ressalta que “não há tratamento seguro e comprovado para a infecção por vírus da varíola do macaco”. Os sintomas normalmente desaparecem espontaneamente.
Todavia, alguns medicamentos podem ser usados, como os antivirais tecovirimat, cidofovir e brincidofovir.