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Biden diz que defenderá Taiwan militarmente em caso de invasão da China

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O presidente americano, Joe Biden, afirmou na manhã desta segunda-feira (23), durante visita ao Japão, que os Estados Unidos (EUA) interviriam militarmente se a China invadisse Taiwan.

“O senhor não quis se envolver militarmente no conflito na Ucrânia por razões óbvias”, disse um repórter a Biden, durante coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em Tóquio. “Está disposto a se envolver militarmente para defender Taiwan?”, questionou.

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“Sim”, respondeu Biden. “Esse é o compromisso que fizemos”, completou.

Biden disse que qualquer esforço por parte da China para usar força contra Taiwan se trataria de uma ação similar à invasão da Ucrânia pela Rússia.

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O americano descarta um conflito militar direito com Moscou, mas enviou bilhões de dólares em auxílio militar que ajudaram a Ucrânia a impor uma resistência mais forte do que a esperada à ofensiva russa.

Biden afirmou que dissuadir a China de atacar Taiwan é uma das razões por que é importante que o líder russo, Vladimir Putin, “pague um preço caro por sua barbárie na Ucrânia”.

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Assim, seria transmitida à China e a outros países a mensagem de que uma ação do tipo é inaceitável.

Biden afirmou esperar que a China não tente tomar Taiwan à força, mas que isso depende de o “mundo deixar claro que esse tipo de ação resultará numa desaprovação de longo prazo pelo resto da comunidade [internacional]”.

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Os EUA tradicionalmente evitam oferecer uma garantia assim explícita de segurança a Taiwan, mantendo uma política de “ambiguidade estratégica” sobre quão longe estariam dispostos a ir se a China invadisse a ilha.

A Lei de Relações com Taiwan de 1979, que regula as relações entre os EUA e a ilha, não requer que Washington aja militarmente para defender Taiwan de uma eventual invasão chinesa, mas garanta que o território tenha os recursos para se defender e evite qualquer mudança unilateral do status de Taiwan por Pequim.

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Após as declarações de Biden, a Casa Branca logo afirmou que os comentários não refletem uma mudança na política dos EUA.

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