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Arsenais nucleares globais devem crescer pela 1ª vez desde a Guerra Fria, diz estudo

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O arsenal nuclear global vai crescer pela primeira desde a Guerra Fria e que o risco de uso dessas armas atingiu o pico em décadas. É o que diz um estudo do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), centro de estudos sobre conflitos e armamentos.

Em um conjunto novo de pesquisas divulgadas nesta segunda-feira (13), o SIPRI afirmou que invasão da Ucrânia pela Rússia e o apoio internacional a Kiev aumentaram as tensões entre os 9 países que possuem armas nucleares.

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Embora o número de armas nucleares tenha caído ligeiramente entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022, o instituto afirma que, a menos que uma ação imediata seja tomada pelas potências nucleares, os estoques globais de ogivas poderão em breve começar a aumentar pela 1ª vez em décadas.

“Todos os estados com armas nucleares estão aumentando ou atualizando seus arsenais e a maioria está aprimorando a retórica nuclear e o papel que as armas nucleares desempenham em suas estratégias militares”, disse Wilfred Wan, diretor do Programa de Armas de Destruição em Massa do SIPRI. “Esta é uma tendência muito preocupante”.

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Depois de 3 dias da invasão da Ucrânia por Moscou, o líder russo Vladimir Putin colocou a dissuasão nuclear da Rússia em alerta máximo. A lógica da dissuasão obriga a estar sempre preparado para retaliar contra uma agressão de fato ou mesmo potencial, a fim de evitar que a agressão se concretize.

Como já disseram inúmeros analistas na era nuclear, o problema da dissuasão nuclear é que ela só pode falhar uma vez.

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Ele também alertou para as consequências que seriam “como você nunca viu em toda a sua história” para os países que fizerem frente à Rússia.

A Rússia tem o maior arsenal nuclear do mundo, com um total de 5.977 ogivas, cerca de 550 a mais que os EUA. Os dois países possuem mais de 90% das ogivas do mundo, embora o SIPRI tenha dito que a China está no meio de uma expansão com uma estimativa de mais de 300 novos silos de mísseis.

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O SIPRI disse que o número global de ogivas nucleares caiu para 12.705 em janeiro de 2022, de 13.080 em janeiro de 2021.

Estima-se que 3.732 ogivas foram implantadas com mísseis e aeronaves, e cerca de 2.000 – quase todas pertencentes à Rússia ou aos Estados Unidos – foram mantidas em estado de alta prontidão.

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“As relações entre as grandes potências mundiais se deterioraram ainda mais em um momento em que a humanidade e o planeta enfrentam uma série de desafios comuns profundos e urgentes que só podem ser abordados pela cooperação internacional”, disse Stefan Lofven, o presidente do conselho do SIPRI e ex-primeiro-ministro sueco.

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