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Nesta segunda-feira (20), o Ministério do Meio Ambiente do Canadá anunciou que irá proibir empresas de importar ou fabricar sacolas plásticas e caixas de isopor até o fim deste ano.
A nova regra canadense também prevê a proibição da venda das embalagens feitas com o material até o final do próximo ano e de sua exportação até o final de 2025.
Além de sacolas e caixas para viagem, a medida também terá como alvo canudos de plástico, talheres, palitos e revestimentos de latas e garrafas.
O governo do Canadá listou os plásticos como substâncias tóxicas sob a Lei de Proteção Ambiental no ano passado, o que abriu caminho para que os regulamentos vetassem a comercialização de alguns itens.
No entanto, um consórcio de produtores de plásticos está processando o governo pela decisão de classificar o material como tóxico. O caso deve ser julgado ainda este ano.
Visando uma política de “zero plástico” até o fim da década, o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, tem prometido desde 2019 que seu governo eliminaria gradualmente a produção e o uso de itens de plástico difíceis de reciclar.
Inicialmente, a implementação da medida estava planejada para 2021, mas a avaliação científica necessária para colocar a proibição em prática foi adiada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Os resíduos plásticos têm sido um problema crescente em todo o mundo, com uma estimativa de 10% ou menos da maioria dos plásticos fabricados reciclados.
Em 2019, um estudo publicado pela Environment and Climate Change Canada descobriu que 3,3 milhões de toneladas de plástico foram jogadas fora, quase metade das quais embalagens plásticas. Menos de um décimo disso foi reciclado.
Em maio do ano passado, o índice Plastic Waste Makers revelou que apenas vinte empresas são responsáveis por cerca de 55% do lixo plástico de uso único produzido pelo mundo.
Em 1º lugar no ranking está a ExxonMobil, sediada nos Estados Unidos (EUA), que já fabricou quase 6 milhões de toneladas do material.
Um relatório divulgado este ano pela WWF, organização de conservação e recuperação ambiental, apontou que a produção de plástico dobrará até 2040 e, com isso, o volume de resíduos jogados no mar terá quadruplicado até 2050.