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O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, disse que espera que o país não precise racionar o uso de gás natural, mas que diante da situação atual não descarta o cenário. A declaração foi feita nesta quinta-feira (23).
Hoje, o governo alemão anunciou detalhes de seu plano para incentivar a economia de energia no país após cortes no fornecimento de gás pela Rússia.
A Alemanha planeja incentivar a indústria e os fornecedores de energia a economizar gás natural, oferecendo incentivos para disponibilizarem gás excedente ao mercado enquanto o país se prepara para armazenar energia para o inverno.
Pelo sistema, que começará no verão do hemisfério norte, os principais consumidores e fornecedores podem oferecer seu gás não utilizado em um leilão, com os licitantes vencedores recebendo pelo combustível que fornecem, anunciou o Ministério da Economia em comunicado.
A medida foi detalhada na quinta-feira, quando o governo elevou o nível de risco do seu plano de emergência de gás para “alarme”, o segundo de três estágios.
A Alemanha está correndo para economizar gás depois que a Rússia cortou o fornecimento do gasoduto Nord Stream em mais da metade na semana passada. O país pretende ter reservatórios de armazenamento 90% cheios até novembro.
O sistema de economia de gás foi saudado por Peter Adrian, presidente da Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Alemãs.
“Agora temos que começar rapidamente”, disse ele. “Além disso, as empresas devem ser autorizadas a mudar a fonte de energia de gás para óleo de aquecimento ou carvão no curto prazo. Até agora, no entanto, as regulamentações ambientais ficaram no caminho”.
O alerta anunciado na quinta permite que algumas usinas a carvão sejam reativadas. O governo disse que vai adiar uma opção de promulgar legislação para permitir que as empresas de energia repassem os aumentos de custos para residências e empresas.