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‘Se Lula ganhar será magnífico’, diz vice-presidente da Colômbia

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Vice-presidente eleita da Colômbia, Francia Márquez disse que vai torcer pelo ex-presidente e ex-presidiário Lula (PT) nas eleições deste ano. A declaração foi feita em entrevista à Folha de S. Paulo publicada nesta quinta-feira (28).

“Lula é o único presidente que levou em consideração os direitos da população negra no Brasil. Um país em que mais de 50% das pessoas são negras tem que pensar em políticas de governo a favor dessa população”, disse Francia.

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“Se Lula ganhar será magnífico porque não somente vamos nos articular entre movimentos sociais, mas também com um governo que terá agendas muito semelhantes às que impulsionaremos a partir da Colômbia”.

A colombiana esteve em São Paulo na terça-feira (26), onde se encontrou com Lula e com líderes de movimentos sociais na sede da Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT. Na sequência, viajou para o Rio. Visitou o Instituto Marielle Franco.

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Integrante do 1º governo de esquerda da história do seu país, Francia Márquez defendeu na entrevista a legalização das drogas ao comentar sobre a “guerra às drogas”, promovida pelos EUA e pela Colômbia.

“A ideia é fortalecer a relação com os Estados Unidos. Já estamos falando com eles a partir de novos enfoques. Não o de segurança, mas, sim, o de justiça social, o de enfrentamento das mudanças climáticas. Estamos conversando sobre novos caminhos para mudarmos o paradigma da política antidrogas, que tem sido ineficaz, que tem deixado mortos nos territórios e riquezas nos bancos. Que tem levado corrupção às instituições do Estado colombiano. Conversamos agora em termos de regularização, de legalização [das drogas], de mudar o uso da coca e da maconha para produzir medicamentos, alimentos e para uso na indústria têxtil”.

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“A senhora acredita que a Colômbia está pronta para discutir a legalização das drogas?”, questionou a reportagem.

“Nunca esteve pronta. Assim como nunca esteve pronta para ter uma vice-presidente mulher e negra. E aqui estou eu. Nenhum país nunca estará pronto [para certos temas] se não fazemos o exercício da mudança. O Brasil nunca estará pronto para a participação das mulheres se algumas não se atrevem a disputar o poder. Há que fazer. Há que tentar, pelo menos. E é isso o que nós vamos fazer”, afirmou.

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