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Banco Central do Reino Unido adota maior alta dos juros desde 1995 e faz alerta para recessão

Nesta quinta-feira (04), o Banco Central do Reino Unido adotou o maior aumento da taxa de juros em 27 anos, apesar de alertar que uma longa recessão está a caminho, conforme corre para amortecer uma enorme inflação projetada em mais de 13%.

Em meio ao aumento nos preços da energia causado pela invasão russa da Ucrânia, o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra votou, por 8 a 1, por um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, para 1,75% – seu nível mais alto desde o final de 2008.

A alta de 0,5 ponto era esperada pela maioria dos economistas ouvidos em uma pesquisa da agência de notícias Reuters, no momento em que bancos centrais ao redor do mundo buscam conter o salto dos preços.

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Silvana Tenreyro, membro do comitê, foi o único voto por um aumento menor, de 0,25 ponto.

O banco central também alertou que o Reino Unido enfrentará uma recessão, com uma queda de até 2,1% na produção, semelhante a um tombo registrado na década de 1990, mas muito menor do que o impacto da Covid-19 e da crise financeira global de 2008 e 2009.

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A economia do Reino Unido começará a encolher no último trimestre deste ano e se contrairá durante todo o ano de 2023, o que configuraria a recessão mais longa desde a crise financeira global.

Abrindo alas para a contração econômica, a inflação dos preços ao consumidor deve atingir um pico de 13,3% em outubro, o maior nível desde 1980, por conta, principalmente, do aumento nos preços de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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Isso deixaria as famílias enfrentando dois anos consecutivos de declínio em sua renda disponível, o maior aperto desde que esses registros começaram, em 1964. A inflação dos preços ao consumidor britânico atingiu a máxima, em 40 anos, de 9,4% em junho, mais de quatro vezes a meta de 2%, fixada pelo Banco Central da Inglaterra.

Anteriormente, a instituição esperava que a inflação chegaria a um pico acima de 11% e projetava quase nenhum crescimento na economia britânica antes de 2025, no mínimo.

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Em suas novas estimativas, a autoridade previu a inflação caindo para 2% em dois anos, à medida que o impacto econômico afeta a demanda. O banco central já elevou os juros seis vezes desde dezembro, mas o movimento foi o maior desde 1995.

“A política monetária não está num caminho estabelecido previamente”, disse o Banco da Inglaterra.

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“A escala, o ritmo e o momento de quaisquer outras mudanças na Taxa Bancária refletirão a avaliação do comitê sobre as perspectivas econômicas e as pressões inflacionárias”.

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