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O chefe nuclear das Nações Unidas alertou para um potencial “desastre nuclear” após o bombardeio da maior usina atômica da Europa, mais uma vez instando a Rússia e a Ucrânia a permitir que uma missão de especialistas acesse a instalação para ajudar a protegê-la.
“A ação militar que ponha em risco a segurança da usina nuclear de Zaporizhzya é completamente inaceitável e deve ser evitada a todo custo”, disse Grossi em comunicado.
Após o bombardeio de sexta-feira, a Rússia e a Ucrânia culparam uma à outra pelo ataque. A instalação perto da linha de frente dos combates está sob controle russo desde março, mas ainda é composta por ucranianos.
Em seu discurso na noite de sexta-feira(5), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky observou o bombardeio em Zaporizhzhia como outra razão pela qual a Rússia deveria ser reconhecida como um “Estado patrocinador do terrorismo”, que ele repetidamente pediu.
Zelensky também defendeu sanções contra a indústria nuclear russa.
“Isso é puramente uma questão de segurança”, disse ele. “Aquele que cria ameaças nucleares a outras nações definitivamente não é capaz de usar tecnologias nucleares com segurança.”
Por sua vez, o Ministério da Defesa da Rússia acusou a Ucrânia do ataque, afirmando que a proteção das forças apoiadas pela Rússia foi a razão pela qual a planta não foi mais danificada. O bombardeio danificou duas linhas de energia e uma tubulação de água, deixando mais de 10.000 moradores sem água e eletricidade, disse o comunicado do Ministério da Defesa.
A Rússia originalmente tomou a instalação depois que um de seus projéteis causou um incêndio no complexo da usina, provocando preocupações sobre a segurança das quatro instalações nucleares da Ucrânia que continuaram nos meses seguintes.