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Rússia reduz ainda mais venda de gás para França e Paris teme racionamento no inverno

A empresa de eletricidade francesa Engie informou através de comunicado que a russa Gazprom reduziria ainda mais o fornecimento de gás à França a partir desta terça-feira (30). Para evitar racionamento e cortes de eletricidade, o governo francês pede que empresas e particulares façam economias e diminuam em até 10% o consumo de energia.

A Gazprom alegou um “desacordo entre as partes sobre a aplicação de contratos” para a redução do fornecimento, argumento utilizado anterioremente pela empresa para outros cortes. O anúncio aumentou os temores sobre o abastecimento de gás durante o inverno.

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O fornecimento de gás russo à Engie já tinham diminuído consideravelmente desde o começo do conflito na Ucrânia. A empresa francesa informou em julho ter reduzido suas compras da Rússia, que representam atualmente apenas 4% de seu estoque, e garantiu nesta terça-feira ter tomado as medidas necessárias para continuar a fornecer gás a seus clientes mesmo em caso de interrupção de fluxos da Gazprom.

“Gás como arma de guerra”

“Claramente, a Rússia utiliza o gás como uma arma de guerra, então nós temos de nos preparar para o pior cenário que é uma interrupção total do fornecimento”, indicou a ministra da Transição ecológica francesa, Agnés Pannier-Runacher, em entrevista à rádio France Inter, nesta terça-feira. A ministra garantiu que o governo se organiza “para evitar cortes (de fornecimento) no inverno”.

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De acordo com ela, “os estoques estratégicos” da França “estão 90% completos”, dois meses antes do prazo usual. “O que podemos dizer é que, temos suficente gás para enfrentar um inverno normal”. Mas “se tivermos de enfrentar picos de frio”, e se “as economias de energia de 10% que foram pedidas às empresas e às administrações não forem realizadas, o governo será obrigado a ‘fechar as torneiras’”, disse.

Na segunda-feira, a primeira-ministra Elisabeth Borne pediu às empresas que estabeleçam, a partir de setembro, planos de sobriedade energética com o objetivo de reduzir o consumo em 10% em dois anos. A chefe do governo francês afirmou que essas medidas já eram aplicadas nos ministérios. 

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O porta-voz do governo francês, Olivier Véran, declarou em entrevista à Franceinfo, que os estoques quase cheios não significavam que o país teria “gás suficiente para passar o inverno se os russos cortassem (o fornecimento) e se consumirmos muito”.

Um Conselho de defesa para tratar do tema do abastecimento de gás e de eletricidade do país foi convocado pelo presidente Emmanuel Macron para a próxima sexta-feira (2)

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Sanções

Depois de os países ocidentais terem imposto sanções a Moscou devido ao ataque à Ucrânia, a Rússia vem reduzindo o fornecimento de gás à Europa, que é muito dependente do produto. A Rússia representava até 2021 aproximadamente 40% das importações de gás da União Europeia.  

Os preços do produto explodiram no continente, alcançando nas últimas semanas recordes históricos devido à suspensão do forneciomento russo entre 31 de agosto e 2 de setembro pelo Nord Stream 1, devido à necessidade de manutenção do gazoduto. Mas o governo alemão denunciou razões políticas.

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O preço do contrato de gás natural europeu de referência era de € 276 o megawatt-hora na manhã desta terça-feira. Antes da invasão russa da Ucrânia, ele evoluía em torno de € 80 o MWh.

*Com informações de Rádio França Internacional (RFI)

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