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Contrabando e produção de cocaína atingem níveis recordes, diz ONU

(Unsplash)

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A produção de cocaína está em seu nível mais alto já registrado, com a demanda se recuperando após a pandemia e novos centros de tráfico surgindo, segundo um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.

O Relatório Global da ONU sobre Cocaína 2023 diz que novos centros de tráfico na indústria multibilionária surgiram na África Ocidental e Central nos últimos dois anos. Novas melhorias e inovações no cultivo da planta de coca e na conversão da planta de coca em cocaína também ajudaram no boom da produção – aumentando em 35% entre 2021 e 2022 para níveis recordes.

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“A pandemia de Covid-19 teve um efeito perturbador nos mercados de drogas. Com as viagens internacionais severamente reduzidas, os produtores lutaram para colocar seus produtos no mercado. Boates e bares foram fechados enquanto as autoridades intensificavam suas tentativas de controlar o vírus, causando queda na demanda para drogas como a cocaína”, disse o relatório.

“No entanto, os dados mais recentes sugerem que essa queda teve pouco impacto nas tendências de longo prazo. A oferta global de cocaína está em níveis recordes”, afirmou. Quase 2.000 toneladas de cocaína foram produzidas em 2020, uma continuação de um “aumento dramático na fabricação que começou em 2014, quando o total era menos da metade dos níveis atuais”, disse o relatório.

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O cultivo da coca dobrou entre 2013 e 2017 e voltou a crescer acentuadamente em 2021, segundo o relatório. O processo de conversão da folha de coca em cloridrato de cocaína também obteve melhorias significativas.

A produção de cocaína requer a imersão das folhas de coca colhidas em gasolina e outros produtos químicos como éter, ácido sulfúrico e amônia para permitir a extração do cloridrato de cocaína. A gasolina e os solventes são então drenados e a base de cocaína se solidifica em uma pasta, que é cozida até que o líquido e outros produtos químicos tenham evaporado, produzindo “tijolos” contendo cloridrato de cocaína.

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Esses tijolos são embalados e posteriormente vendidos e processados ​​com produtos químicos adicionais, como ácido clorídrico, amônia e sal de potássio para criar cocaína em pó.

Demanda crescente de cocaína

Apesar dos esforços contínuos da polícia para reprimir o uso de cocaína, a demanda global pela droga só aumentou.

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“Houve um crescimento contínuo na demanda, com a maioria das regiões mostrando um
número crescente de usuários na última década. Embora esses aumentos possam ser parcialmente explicados pelo crescimento populacional, há também uma prevalência crescente de uso de cocaína”, disse o relatório.

Ao mesmo tempo, as interceptações pelas autoridades estão aumentando. E essas interceptações pela aplicação da lei estão, na verdade, aumentando a uma velocidade maior do que a produção, constatou o relatório, o que significa que “a interdição conteve o crescimento da quantidade global de cocaína disponível para consumo”.

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A demanda ainda é maior na América do Norte, que representou 30% da demanda global pela droga em 2020, a maior proporção mundial, segundo a ONU. A Europa Ocidental e Central ficou em terceiro lugar com 21%, e um quarto distante foi o continente africano com 9% do uso global.

Muitas das informações conhecidas sobre aumentos de cocaína foram encontradas por meio da análise de dados de águas residuais.

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Novas zonas de trânsito

O cultivo da coca continua concentrado em três países: Colômbia, com 61% do total, Peru com 26% e Bolívia com 13%.

As apreensões de cocaína são mais altas na América do Sul e Central e na região do Caribe, com 72% do total de apreensões globais, seguidas pela Europa Ocidental e Central com 15% e América do Norte com 12%.

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Enquanto isso, dados sobre apreensões policiais sugerem que “o papel da África, especialmente da África Ocidental e Central, como zona de trânsito para a cocaína a caminho dos mercados na Europa aumentou substancialmente desde 2019”, disse o relatório.

“Tanto a quantidade total apreendida na África quanto o número de grandes apreensões parecem ter atingido níveis recordes em 2021”.

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Embora o uso nessas regiões ainda não seja alto, o potencial de crescimento é um sério risco, alertou o relatório.

Consumo de encomendas e entregas para transporte de drogas

O corte de tantos voos de passageiros durante a pandemia de Covid-19 reduziu a capacidade dos traficantes de usar mulas de drogas para transportar drogas internacionalmente. O uso de serviços de correio internacional para o contrabando de cocaína aumentou como resultado e permaneceu alto, segundo a pesquisa da ONU.

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“Alguns países da África Ocidental notaram um aumento significativo nos serviços [de encomendas e correio] para contrabandear pequenas quantidades de cocaína para a Europa e além. Na Costa Rica, quantidades menores de cocaína estavam sendo enviadas para a Ásia, África e Europa escondidas em mercadorias como livros, imagens religiosas e peças sobressalentes de veículos”, disse o relatório.

“A pandemia pode ter acelerado a tendência, mas os traficantes já estavam aumentando o uso de serviços de correio internacional para levar cocaína para a Europa”, afirmou. “Evidências da Espanha e Argentina apontam para um declínio de longo prazo no uso de mulas de drogas em vôos de passageiros. Ambos os países registraram ocorrências de remessas maiores escondidas em bagagens desacompanhadas.”

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O Reino Unido viu um “aumento significativo” nas apreensões de cocaína nos “modos de encomendas e correios rápidos”, de acordo com o relatório.

Embarcações pesqueiras e mercantes também são cada vez mais usadas para contrabando de cocaína, bem como contêineres em navios porta-contêineres, onde empresas de fachada e documentos falsos são usados ​​para criar a aparência de negócios legítimos.

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