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A Alemanha deve apresentar uma nova lei de nacionalidade que visa ajudar o país a lidar com a escassez de trabalhadores qualificados, informou a CNBC nesta segunda-feira (27), citando um projeto de regulamentação.
Segundo o relatório, a nova lei reduziria o tempo necessário para os estrangeiros solicitarem a cidadania alemã dos atuais oito anos para cinco, ou até três nos casos em que os candidatos fizeram um esforço extra para se integrar, por exemplo, tornando-se proficientes em alemão. O projeto de lei também suspenderia a proibição de dupla cidadania para migrantes de países não pertencentes à UE.
O regulamento também sugere basear a entrada de imigrantes em um sistema de pontos, semelhante ao do Canadá, que permite que trabalhadores qualificados venham com base em experiência de trabalho adequada e uma oferta de emprego, sem ter qualificações profissionais reconhecidas na Alemanha.
As mudanças legislativas devem ser submetidas à aprovação dos legisladores nas próximas semanas e aprovadas neste verão.
Analistas dizem que a mudança nos regulamentos de imigração não poderia ter vindo em melhor hora. De acordo com uma pesquisa de janeiro das Câmaras Alemãs de Comércio e Indústria (DIHK), mais da metade das empresas alemãs têm dificuldades para preencher as vagas devido à falta de trabalhadores qualificados. A proporção de empresas que enfrentam escassez de trabalhadores está no nível mais alto de todos os tempos, com 53% das 22.000 empresas relatando escassez. Os autores da pesquisa concluíram que cerca de 2 milhões de vagas ainda não foram preenchidas no país.
Um estudo publicado no início deste mês pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris, e pela Fundação Alemã Bertelsmann descobriu que a Alemanha está perdendo popularidade rapidamente como destino para migrantes e empreendedores altamente qualificados do exterior. O estudo examinou as condições que atraem migrantes qualificados para 38 países em cooperação com a OCDE, incluindo oportunidades profissionais, renda, impostos, oportunidades para familiares e qualidade de vida. Ele descobriu que a Alemanha caiu três lugares para 15º em comparação com um estudo de 2019.