Os recentes exercícios aéreos e marítimos chineses simulando um cerco a Taiwan foram planejados como um “sério aviso” para políticos pró-independência na ilha autônoma e seus apoiadores estrangeiros, disse a China nesta quarta-feira (12), quando surgiram sinais de que Pequim tomará mais medidas Ação.
Os três dias de exercícios aéreos e marítimos em grande escala denominados Joint Sword, que terminaram na segunda-feira, foram uma resposta à reunião do presidente taiwanês, Tsai Ing-wen, com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia, na semana passada, durante uma visita de trânsito aos EUA consequências se essa reunião fosse adiante.
Embora a China tenha dito que os exercícios terminaram, ela manteve a pressão militar contra Taiwan nos últimos dias e sinalizou que fará mais.
O Ministério dos Transportes de Taiwan disse nesta quarta-feira (12) que recebeu um aviso da Administração de Aviação Civil da China de que estabeleceria uma zona de controle para “restringir voos” em partes do norte de Taiwan de 16 a 18 de abril, criando uma área onde os voos não seriam permitidos.
“Por conta própria, eles criaram uma área de alerta para controlar os voos dentro da jurisdição da Região de Informação de Aviação de Taipei em nosso país, usando a desculpa de atividades aeroespaciais”, disse o comunicado de Taiwan.
Taiwan disse que protestou fortemente contra o aviso e conseguiu que a China reduzisse o tempo de proibição de voos de três dias para 27 minutos na manhã de 16 de abril. Não está claro o que a China planeja fazer naquele momento. O Ministério da Defesa de Taiwan disse que estava investigando o assunto, mas não poderia fornecer mais detalhes.
A China reivindica Taiwan como seu próprio território para ser colocado sob seu controle pela força, se necessário, e envia regularmente navios e aviões de guerra para o espaço aéreo e as águas próximas à ilha. Ele defendeu suas recentes ações militares na quarta-feira.
“O Exército de Libertação do Povo recentemente organizou e conduziu uma série de contramedidas no Estreito de Taiwan e nas águas circundantes, o que é um sério alerta contra o conluio e a provocação das forças separatistas de independência de Taiwan e forças externas”, Zhu Fenglian, porta-voz do Gabinete de Taiwan de Assuntos Internos, disse em entrevista coletiva.
“É uma ação necessária para defender a soberania nacional e a integridade territorial”, afirmou.