O gângster indiano e ex-político Atiq Ahmed foi morto a tiros durante uma transmissão ao vivo na noite de sábado (15), enquanto ele e seu irmão estavam sendo escoltados pela polícia e conversando com repórteres. O assassinato ocorreu na cidade de Prayagraj, também conhecida como Allahabad, no estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia.
Atiq Ahmed, que cumpria prisão perpétua por sequestro, e seu irmão Ashraf estavam sendo escoltados a um hospital para um check-up médico.
Algemado e ladeado por policiais, Ahmed conversava com vários jornalistas quando foi baleado à queima-roupa. Seu irmão também foi morto. Um policial e um repórter ficaram feridos.
O momento em que um agressor apontou uma arma para perto da cabeça de Ahmed foi registrado em vídeo. Outros agressores também foram vistos disparando vários tiros contra os corpos depois que os irmãos caíram no chão.
Três suspeitos foram detidos no local. O policial Ramit Sharma disse que os agressores se aproximaram de Ahmed se passando por jornalistas. “Tudo aconteceu em segundos”, disse ele.
A mídia indiana citou fontes do governo regional dizendo que todos os suspeitos têm ficha criminal. De acordo com um relatório do crime citado por agências de notícias, os agressores disseram aos policiais que queriam matar os irmãos Ahmed “para se tornarem populares”.
Ahmed nasceu em Prayagraj em 1962. De acordo com a mídia, ele foi acusado de assassinato pela primeira vez aos 17 anos e acabou passando a comandar uma rede criminosa em Uttar Pradesh. No geral, ele teve mais de 100 processos criminais lançados contra ele nas últimas duas décadas.
Apesar de sua reputação, Ahmed foi eleito para servir na assembléia do estado de Uttar Pradesh por cinco mandatos consecutivos entre 1989 e 2004, e foi membro da Lok Sabha, a câmara baixa do parlamento nacional da Índia entre 2004 e 2009.
No mês passado, Ahmed foi condenado à prisão perpétua pelo sequestro do advogado Umesh Pal em 2006. Pal foi uma testemunha chave no assassinato em 2005 do político Raju Pal, rival de Ahmed.
Umesh Pal foi morto em fevereiro. Ahmed e seu filho de 19 anos, Asad, estavam entre os suspeitos do assassinato do advogado. O próprio Asad foi morto na quinta-feira em um tiroteio com a polícia.
CENAS FORTES:
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