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Nesta segunda-feira (24), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou o Ocidente no Conselho de Segurança da ONU. Ele que estava comandando a reunião do conselho.
Lavrov ainda acusou os EUA e seus aliados de terem colocado o mundo em um momento extremamente perigoso.
“Como foi o caso durante a Guerra Fria, atingimos um limiar perigoso, talvez ainda mais perigoso”, disse o russo.
Ele acusou as potências ocidentais de “destruir os benefícios da globalização” com “agressão econômica” e de tentar impor suas políticas ao resto do mundo pela força.
“Ninguém deu permissão à minoria ocidental para falar em nome de toda a humanidade”, disse o chefe da diplomacia russa.
Lavrov ainda denunciou o que ele alega ser uma tentativa do Ocidente de controlar o mundo e impedir o “estabelecimento de novos centros independentes de desenvolvimento”.
O chanceler acusou os EUA e outros países de destruir a arquitetura internacional criada após a Segunda Guerra Mundial em uma tentativa de substituí-la por uma “ordem baseada em regras” que “ninguém viu” e que não foi negociada.
“O Ocidente reformulou arrogantemente os processos do multilateralismo em nível regional para promover seus interesses”, afirmou.
Ele ainda argumentou que “medidas unilaterais ilegítimas” foram impostas a seu país e a outros e acusou suposta manipulação das regras e instituições comerciais, como o FMI.
Segundo ele, o FMI tornou-se “uma ferramenta para cumprir os objetivos dos Estados Unidos e de seus aliados, incluindo objetivos de natureza militar em uma tentativa desesperada de afirmar sua dominação”.
“Os Estados Unidos embarcaram no caminho da destruição da globalização, que por muitos anos foi apresentada como o maior benefício para a humanidade”, afirmou o russo.
“Nossa obrigação comum é preservar as Nações Unidas como o farol comprovado do multilateralismo e da coordenação de políticas internacionais. A chave para o sucesso são os esforços conjuntos, o abandono das pretensões de excepcionalismo e, repito, o respeito pela igualdade soberana dos Estados”, completou o ministro das Relações Exteriores da Rússia.