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O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), elevou nesta quarta-feira (3) sua taxa básica de juros em mais 0,25 ponto percentual.
A decisão unânime coloca a principal taxa básica de juros dos fundos federais em uma faixa de 5% a 5,25%, a mais alta desde agosto de 2007, de quase zero há pouco mais de um ano. É o 10º aumento consecutivo das taxas com o objetivo de combater a alta inflação.
O último aumento de juros é o décimo consecutivo desde que o Fed iniciou seu programa de aperto quantitativo em março do ano passado.
Nos últimos 14 meses, o Fed elevou os custos dos empréstimos e encolheu seu balanço em uma batalha historicamente rápida contra a inflação.
Ainda há alguma dúvida sobre o que o Fed fará em sua próxima reunião em junho, já que a economia em geral e a inflação continuam desacelerando. O colapso do First Republic Bank e o aprofundamento das preocupações com a estabilidade financeira também abalaram a confiança na economia.
“O sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente”, disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), o painel de definição de taxas do Fed, em um comunicado na quarta-feira.
Ainda assim, o FOMC reconheceu que “condições de crédito mais apertadas para famílias e empresas devem pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação. A extensão desses efeitos permanece incerta”.
O Fed pode fazer uma pausa nos aumentos das taxas e cumprir suas projeções de março para a taxa terminal. Uma recuperação da inflação, no entanto, pode levar as autoridades do Fed a continuar aumentando as taxas.
A inflação tem diminuído constantemente desde meados do ano passado, com a taxa de inflação anual caindo para 5% em março, de acordo com o índice de preços ao consumidor (IPC) do Departamento do Trabalho.
A economia em geral também está desacelerando sob o peso dos aumentos das taxas do Fed.
O produto interno bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 1,1% no primeiro trimestre, de acordo com dados do Departamento de Comércio, muito mais lento do que a taxa de crescimento de 2,6% nos últimos três meses de 2022.
Embora a taxa de desemprego tenha permanecido perto das mínimas dos últimos 50 anos, os ganhos de empregos estão diminuindo.