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A polícia da África do Sul prendeu um dos principais acusados de orquestrar o genocídio da Ruanda de 1994, um dos piores massacres da história recente da humanidade. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25) pelo tribunal da ONU para Crimes de Guerra.
Fulgence Kayishema era o acusado pelo genocídio mais procurado no mundo e estava foragido havia mais de 20 anos.
Kayishema é apontado como o responsável por ter planejado a morte de cerca de 2.000 tutsis, que estavam refugiados em uma igreja durante o genocídio.
De acordo com a o tribunal da ONU que julga os envolvidos no genocídio, Kayishema foi preso na cidade de Paarl, no sudoeste da África do Sul, a apensa 60 km da Cidade do Cabo. A prisão foi feita através de uma operação conjunta da polícia local e da Promotoria responsável pela investigação.
Kayishema estava foragido desde 2001, quando foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional da ONU para Ruanda.
Ele foi acusado de genocídio e crimes contra a humanidade por assassinatos e outros crimes cometidos na província de Kibuye.
O promotor do Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Criminais disse que a investigação contra Kayishema, que levou à sua prisão, abrangeu vários países da África e além, e foi possível graças ao apoio e cooperação das autoridades sul-africanas.
O genocídio em Ruanda ocorreu em 1994 e foi organizado por extremistas hutus. Entre abril e julho daquele ano, 800 mil pessoas foram assassinadas, principalmente da minoria tutsi. Hutus moderados também foram mortos.