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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi empossado como chefe de Estado depois de vencer um segundo turno histórico para estender seu governo de duas décadas por mais cinco anos.
O líder de 69 anos nomeará ainda neste sábado (3) seu gabinete, que será encarregado de lidar com uma crise econômica que testemunhou uma inflação descontrolada e o colapso da lira.
“Eu, como presidente, juro pela minha honra e integridade perante a grande nação turca e história para salvaguardar a existência e a independência do Estado”, disse Erdogan em uma cerimônia no parlamento em Ancara, transmitida ao vivo pela televisão.
“Vamos abraçar todos os 85 milhões de pessoas [no país], independentemente de suas opiniões políticas, origens ou seita.”
A inauguração deste sábado foi seguida por uma luxuosa cerimônia no palácio presidencial da capital com a presença de dezenas de líderes mundiais. O líder mais antigo da Turquia enfrenta desafios diplomáticos consideráveis em meio às tensões com o Ocidente.
O líder transformador, mas divisivo, da Turquia venceu o segundo turno em 28 de maio contra uma poderosa coalizão de oposição e apesar da crise econômica e das críticas após um terremoto devastador em fevereiro que matou mais de 50.000 pessoas.
Emre Erdogan, da Universidade de Bilgi, observou que o discurso do presidente “abordou a unidade e a solidariedade várias vezes e sublinhou a importância de esquecer o ressentimento e a raiva que os eleitores sentiram durante sua campanha eleitoral”.
“Ele falou sobre uma constituição liberal e inclusiva e isso é importante porque ele nunca falou dessa forma [antes]… Ele também falou sobre o papel da Turquia na região como um pacificador. Ele tentou mostrar o papel fundamental da Turquia na política mundial.”