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Chefe do grupo mercenário Wagner acusa Rússia de bombardear suas bases e promete vingança

Foto: Reprodução/Redes sociais

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Na tarde desta sexta-feira (23), o chefe mercenário do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou que um ataque de foguete russo matou dezenas de seus combatentes. Prigozhin prometeu se vingar dos russos.

Em uma série de mensagens de áudio divulgadas na sexta, Prigozhin parecia declarar guerra à liderança militar russa. “O Conselho de Comandantes Wagner tomou uma decisão: o mal trazido pela liderança militar do país deve ser interrompido”, afirmou o mercenário na gravação.

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“Aqueles que destruíram hoje nossos homens, que destruíram dezenas, dezenas de milhares de vidas de soldados russos, serão punidos. Estou pedindo: ninguém resista”, disse Prigozhin.

“Todos que tentarem resistir, vamos considerá-los um perigo e destruí-los imediatamente, incluindo quaisquer postos de controle em nosso caminho. E qualquer aviação que vemos acima de nossas cabeças”, acrescentou o mercenário.

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“Peço a todos que mantenham a calma, não cedam às provocações e permaneçam em suas casas. O ideal é que aqueles que estão no nosso caminho não saiam. Depois de terminarmos o que começamos, voltaremos à linha de frente para proteger nossa pátria.”

Prigozhin também publicou um vídeo que afirma mostrar as consequências de um ataque com foguete russo em um acampamento de Wagner. “Somos 25.000 [combatentes] e vamos descobrir por que o caos está acontecendo no país”, acrescentou o mercenário, instando outros a se juntarem à sua luta.

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“Quem quiser deve aderir. Precisamos acabar com essa confusão”, disse Prigozhin na gravação.

“Isto não é um golpe militar, é uma marcha pela justiça. Nossas ações não atrapalham em nada as Forças Armadas”, disse o chefe dos Wagner.

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Prigozhin tem discutido com altos oficiais militares há meses, criticando o ministro da defesa, Sergei Shoigu, por falhas no campo de batalha.

O Ministério da Defesa da Rússia emitiu rapidamente um comunicado nesta tarde descartando as mensagens de áudio de Prigozhin como uma “provocação”:

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“Todas as mensagens e vídeos distribuídos nas redes sociais em nome de E Prigozhin sobre o suposto ‘ataque do Ministério da Defesa da RF nos acampamentos de retaguarda do PMC Wagner’ não correspondem à realidade e são uma provocação informativa”.

No início do dia, Prigozhin acusou a liderança de Moscou de mentir ao público sobre as justificativas para invadir a Ucrânia, negando as alegações de Moscou de que Kiev planejava lançar uma ofensiva nos territórios controlados pela Rússia no leste da Ucrânia.

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