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As autoridades da Rússia abriram uma investigação criminal contra o dono do empreiteiro militar Wagner Group por suas supostas ameaças de destituir o ministro da Defesa da Rússia.
A investigação ocorre após declaração do proprietário Yevgeny Prigozhin acusando o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, de ordenar um ataque com foguetes aos campos de Wagner na Ucrânia, onde seus soldados estão lutando em nome da Rússia contra as forças ucranianas.
A Rússia acusou Prigozhin de convocar um motim armado depois que ele alegou, sem fornecer provas, que a liderança militar matou 2.000 de seus combatentes e prometeu parar o que chamou de “mal”.
Como um impasse de longa data entre ele e o Ministério da Defesa da Rússia parecia vir à tona, o ministério emitiu um comunicado, dizendo que as acusações de Prigozhin “não eram verdadeiras e são uma provocação informativa”.
Prigozhin disse que suas ações não equivalem a um golpe militar. Mas o serviço de segurança FSB da Rússia abriu um processo criminal contra ele por convocar um motim armado, disse a agência de notícias TASS na sexta-feira, citando o Comitê Nacional Antiterrorismo.
O Kremlin disse que o presidente Vladimir Putin foi informado e que “as medidas necessárias estão sendo tomadas”.
O impasse, cujos detalhes ainda não estão claros, parece ser a maior crise doméstica que Putin enfrentou desde que enviou milhares de soldados à Ucrânia em fevereiro do ano passado, no que chamou de “uma operação militar especial”.
Prigozhin, cujos frequentes discursos nas redes sociais desmentem seu papel limitado na guerra como chefe da milícia privada Wagner, há meses acusa abertamente Shoigu e o principal general da Rússia, Valery Gerasimov, de incompetência e de negar munição e apoio a suas forças.