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O número de pessoas executadas pelo Irã em 2023

(Pixabay

O regime do Irã executou mais de 350 sentenças de morte nos primeiros seis meses do ano, a maioria delas relacionadas a drogas, de acordo com a ONG Iran Human Rights, sediada na Noruega.

“Pelo menos 354 pessoas, incluindo seis mulheres, foram executadas nos primeiros seis meses de 2023”, destacou o grupo em um relatório que ressalta que 206 dessas execuções estão relacionadas a crimes de drogas, um aumento de 126% em relação ao mesmo período do ano passado. A ONG denuncia que as autoridades informaram apenas sobre 43 execuções, o que representa 12% do total.

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Até 71 pessoas – 20% do total – das executadas pertenciam à minoria baluche, uma etnia predominante sunita que reside principalmente na província de Baluchistão, próxima à fronteira com o Paquistão.

Essa província foi alvo de intensas operações da Guarda Revolucionária durante a repressão brutal dos protestos em setembro do ano passado. Centenas de baluches morreram em ações da Guarda Revolucionária em Zaheda e Jash.

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No ano passado, pelo menos 576 pessoas foram executadas, muito acima das 314 executadas em 2021. Até agora, a Anistia Internacional já contabilizou 282 execuções para este ano, de acordo com sua própria contagem. “A pena de morte é usada para gerar medo social e evitar mais protestos”, lamentou o diretor do Iran Human Rights, Mahmud Amiri-Moghaddem.

A maioria dos mortos são vítimas de baixo custo para a máquina de matar: acusadas ​​por drogas das comunidades mais marginalizadas”, acrescentou. A Anistia Internacional classificou abertamente essas execuções como “guerra aos pobres”.

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Em maio, pelo menos 107 ex-líderes mundiais assinaram uma carta aberta em apoio aos manifestantes iranianos que lutam pela democracia e pediram que a Guarda Revolucionária (IRGC) seja colocada na lista negra.

Também em maio, o regime iraniano executou três homens condenados por participarem dos protestos pela morte de Mahsa Amini no ano passado, o que levou à condenação dos governos ocidentais.

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A carta coletiva de 107 ex-chefes de estado solicitou aos líderes do Canadá, da UE, do Reino Unido e dos EUA que exijam que a “liderança da República Islâmica do Irã preste contas por seus crimes”.

“Encorajamos você a solidarizar-se com o povo do Irã em seu desejo por uma república secular e democrática, onde nenhum indivíduo, independentemente de sua religião ou direito de nascimento, tenha qualquer privilégio sobre os demais. Através de seus slogans, o povo iraniano deixou claro que rejeita todas as formas de ditadura, seja a do deposto Xá ou o regime teocrático atual, e, portanto, rejeita qualquer associação com qualquer um deles”, afirma a carta aberta.

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