A China enviou dezenas de aviões de guerra, incluindo caças e bombardeiros, para Taiwan no sábado, marcando uma exibição contundente dias antes da democracia realizar exercícios militares para se defender contra uma possível invasão.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que o Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) enviou 37 aeronaves e sete navios da Marinha ao redor da ilha entre as 6h de sexta-feira e as 6h de sábado. Entre eles estavam caças J-10 e J-16 e bombardeiros H-6. 22 dos aviões de guerra detectados cruzaram a linha média do Estreito de Taiwan, uma fronteira não oficial que havia sido considerada um tampão entre a ilha e o continente. Outros entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan perto de sua parte sul.
Taiwan e a China se separaram em 1949 após uma guerra civil que terminou com o Partido Comunista no controle do continente. A ilha nunca fez parte da República Popular da China, mas Pequim diz que deve se unir ao continente.
Nos últimos anos, a China demonstrou desagrado com as atividades políticas em Taiwan, aumentando o número de aviões militares enviados para a ilha.
Em agosto, a China realizou enormes exercícios militares em resposta à visita da ex-presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. Disparou mísseis sobre a ilha em uma escalada significativa que interrompeu as rotas comerciais no Estreito de Taiwan e forçou os aviões a redirecionar os voos.
Em abril, o PLA também realizou exercícios de prontidão de combate em larga escala no ar e no mar ao redor da ilha em resposta à reunião do presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, com o atual presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy.
Os exercícios militares de Taiwan, que serão realizados na próxima semana, são projetados para prevenir uma invasão e preparar civis para desastres naturais.