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Nesta quinta-feira (15), os líderes da África Ocidental aumentaram a retórica contra os líderes do golpe militar no Níger, ordenando a “ativação” e o “desdobramento” de uma força regional de prontidão para restaurar a ordem constitucional no país.
Os líderes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) pediram um destacamento “para restaurar a ordem constitucional na República do Níger”, de acordo com uma declaração lida por Omar Alieu Touray, que é presidente da Comissão da CEDEAO.
Porém, não ficou imediatamente claro o que implicaria o “desdobramento” e a “ativação” da força regional.
A declaração da CEDEAO também enfatizou a “determinação de manter todas as opções sobre a mesa para a resolução pacífica da crise”.
O Níger está mergulhado em um caos político desde o final do mês passado, quando o presidente Mohamed Bazoum foi deposto em um golpe de Estado pela guarda presidencial.
A CEDEAO respondeu dias depois decretando sanções e emitindo um ultimato à junta militar no poder: renuncie dentro de uma semana ou enfrente uma potencial intervenção militar.
O bloco regional “defenderá todas as medidas e princípios acordados pela cúpula extraordinária realizada no Níger em 30 de julho de 2023”, na qual fortes sanções foram decididas contra a junta militar no Níger.
Omar Alieu Touray também alertou sobre as consequências para “os Estados membros que, por sua ação direta ou indireta, impedem a resolução pacífica da crise”.
Mali e Burkina Faso, liderados por militares que tomaram o poder, expressaram solidariedade à junta militar do Níger e alertaram que qualquer intervenção militar seria vista como uma declaração de guerra. A Guiné também disse que apoia o Níger.
As forças armadas do Níger pareciam estar se preparando para uma possível intervenção militar esta semana.