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Após um longo processo judicial que durou 13 anos, 31 dos 33 mineiros que sobreviveram após ficarem presos na Mina San José, localizada no Chile, durante 68 dias angustiantes em 2010, venceram um processo histórico contra o Estado do Chile. A Suprema Corte do Chile rejeitou um recurso interposto pelo Conselho de Defesa do Estado (CDE), permitindo que os mineiros recebessem indenização por sua experiência traumática.
O Estado do Chile deverá desembolsar um total de 1,4 milhão de dólares (cerca de R$ 7,8 milhões de reais), que serão distribuídos entre os 31 mineiros que entraram com a ação. Cada um deles receberá aproximadamente US$ 46.000 (cerca de R$ 231.280) em compensação pelo sofrimento e negligência percebidos na gestão da segurança das minas.
A decisão da Suprema Corte representa o encerramento simbólico de uma longa batalha jurídica que começou após o acidente e o dramático resgate que capturou a atenção do mundo. Durante anos, os mineiros lutaram pelo reconhecimento da falta de serviço das instituições estatais encarregadas de supervisionar as minas no Chile, incluindo o Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomin), a Secretaria Ministerial Regional de Saúde e o endereço do Trabalho.
Relembre o caso
Há 13 anos, o mundo se uniu para celebrar o resgate dos 33 mineiros chilenos que ficaram presos por 69 dias a 600 metros de profundidade na mina San José, no deserto do Atacama.
O feito, considerado um dos maiores resgates da história, foi realizado em meio a uma grande tensão e adrenalina. Manuel González, o primeiro socorrista a entrar e o último a sair da mina, lembra que a operação foi “um desafio sem precedentes”.
Do lado de fora da mina, mais de 3.500 pessoas, entre elas 2.000 jornalistas do mundo inteiro, aguardavam ansiosamente o desfecho desta história única de sobrevivência. O “Acampamento Esperança”, montado inicialmente pelas famílias dos mineiros, tornou-se uma pequena cidadela, com colégio e restaurante, para abrigar todos os que acompanhavam o resgate.