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Nesta quarta-feira (20), o Azerbaijão anunciou que interrompeu sua ofensiva militar em Nagorno-Karabakh, um enclave separatista de maioria armênia, após um acordo de cessar-fogo negociado com a Rússia e os separatistas.
O sucesso do Azerbaijão no campo de batalha também forçou as forças separatistas armênias a concordar com um cessar-fogo, que fará com que a área retorne totalmente ao controle de Baku.
Nos termos do acordo, as forças separatistas armênias devem desmantelar-se e desarmar-se, enquanto as conversações sobre o futuro dos arménios étnicos que vivem lá devem começar na quinta (21).
O conflito em Nagorno-Karabakh é um dos mais antigos e sangrentos do Cáucaso. O enclave, que é reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão, mas é habitado e governado por armênios, foi palco de uma guerra entre os dois países em 1992-1994, que deixou mais de 30 mil mortos.
Em 2020, o conflito eclodiu novamente, deixando mais de 6 mil mortos. O Azerbaijão, com o apoio da Turquia, conseguiu retomar parte do território controlado pelos separatistas.
O acordo de cessar-fogo foi saudado como uma vitória diplomática da Rússia, que tem interesses estratégicos na região.
O Kremlin também tem tropas de paz estacionadas em Nagorno-Karabakh, o que lhe dá um papel importante na resolução do conflito.