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O Papa Francisco apelou neste domingo (22) ao fim do conflito entre o Hamas e Israel, manifestou o seu receio de que a guerra possa escalar e apelou a que seja permitida mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
“A guerra, cada guerra no mundo, é sempre uma derrota, uma destruição da fraternidade humana, irmãos, parem! Parem!”, afirmou o papa argentino diante dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro para a oração do Angelus.
O pontífice, de 86 anos, reiterou o seu pedido para que a ajuda humanitária fosse autorizada a entrar em Gaza e para a libertação dos reféns capturados desde 7 de outubro, quando comandos do grupo islâmico palestino Hamas invadiram o território israelense e deixaram mais de 1.400 mortos, a maioria civis.
De acordo com as autoridades israelitas, mais de 1.400 pessoas morreram em Israel desde 7 de outubro, a maioria delas civis que foram baleados, queimados vivos ou mutilados naquele dia por combatentes do Hamas.
Dois reféns americanos, uma mãe e a sua filha, foram libertados na sexta-feira, mas quase 200 pessoas capturadas pelo Hamas na sua ofensiva permanecem cativas.
Os incessantes bombardeamentos retaliatórios lançados por Israel contra Gaza, território governado pelo Hamas, deixaram pelo menos 4.651 vítimas mortais, a maioria civis, segundo as autoridades sanitárias do movimento islâmico, e reduziram bairros inteiros deste enclave sobrelotado a escombros.
Um primeiro comboio de 20 caminhões entrou na Faixa no sábado vindo do Egito, mas a ONU estima que este carregamento não é suficiente para a situação humanitária “catastrófica” vivida pelos quase 2,4 milhões de habitantes de Gaza.
E neste domingo um novo comboio com 17 caminhões com ajuda humanitária entrou pela passagem de Rafah, segundo a mídia egípcia.
Os caminhões transportam medicamentos, produtos de saúde e alimentos, explicou o chefe do Crescente Vermelho Egípcio para o Sinai do Norte, Jhaled Zayed, citado pelo diário estatal “Al Ahram”.
A remessa é realizada em coordenação entre o Crescente Vermelho Egípcio e o Crescente Vermelho Palestino. No entanto, as organizações humanitárias alertaram que a ajuda enviada no sábado representa apenas 3% das necessidades diárias da população de Gaza.