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Libertação de reféns israelenses sequestrados pelo Hamas é adiada

(AFP)

O conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a planejada troca de reféns por prisioneiros com o Hamas foi adiada pelo menos até sexta-feira (24).

Em uma declaração divulgada na noite de quarta-feira, Tzachi Hanegbi afirmou que “os contatos referentes à libertação dos nossos reféns avançam e continuam de maneira constante. O início da liberação ocorrerá de acordo com o acordo original entre as partes e não antes de sexta-feira.”

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A troca estava programada para ocorrer no âmbito de uma trégua de quatro dias na guerra de Gaza, que deveria começar na quinta-feira, embora essa previsão tenha sido questionada por fontes israelenses que falaram com a agência AFP e veículos de imprensa como Haaretz, BBC e The New York Times.

Hanegbi não forneceu explicação para o adiamento, e não ficou imediatamente claro quando o cessar-fogo teria início.

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O anúncio surpresa ocorreu depois que Israel e o Hamas concordaram na quarta-feira com um cessar-fogo de quatro dias, um avanço diplomático que resultaria na libertação de dezenas de reféns mantidos por militantes, assim como de palestinos detidos em Israel, além de proporcionar um grande influxo de ajuda ao território sitiado.

A trégua renovou as esperanças de encerrar a guerra, desencadeada pela incursão fatal do Hamas em Israel em 7 de outubro. Agora em sua sétima semana, o conflito devastou vastas áreas de Gaza, alimentou um aumento da violência na Cisjordânia ocupada e suscitou preocupações sobre uma conflagração mais ampla no Oriente Médio.

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Contudo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acompanhado pelos outros dois membros de seu gabinete especial de guerra, declarou em uma coletiva de imprensa transmitida nacionalmente que a guerra seria retomada quando a trégua expirasse. Os objetivos de Israel são destruir as capacidades militares do Hamas e libertar os 240 reféns mantidos em cativeiro em Gaza.

“Quero ser claro. A guerra continua. Continuaremos até alcançarmos todos os nossos objetivos”, afirmou Netanyahu, acrescentando que transmitiu a mesma mensagem em uma ligação para o presidente dos EUA, Joe Biden. Ele também instruiu a agência de espionagem Mossad a localizar líderes exilados do Hamas “onde quer que estejam”.

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As forças israelenses controlam grande parte do norte de Gaza e afirmam ter desmantelado túneis e grande parte da infraestrutura do Hamas. Entretanto, as autoridades israelenses reconhecem que a infraestrutura do grupo permanece intacta em outros locais. O anúncio de Netanyahu na quarta-feira pareceu responder às preocupações públicas de que uma trégua levaria Israel a interromper sua ofensiva antes de atingir seus objetivos.

Poucos dias antes da trégua, Israel afirmou estar determinado a avançar com sua ofensiva terrestre para o sul. Isso pode ser devastador para a população deslocada de Gaza, a maioria da qual está concentrada no sul, sem ter para onde ir para evitar os ataques.

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Os residentes da Cidade de Gaza relataram que os combates se intensificaram durante a noite e na quarta-feira, com tiros, artilharia pesada e ataques aéreos. “Parece que querem avançar antes da trégua”, declarou Nasser al-Sheikh, abrigado na casa de parentes na cidade.

Os terroristas palestinos continuaram disparando foguetes contra Israel ao longo do dia, sem causar vítimas.

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O anúncio da trégua encerrou semanas de negociações indiretas e intermitentes para libertar alguns dos cerca de 240 reféns feitos pelo Hamas e outros militantes durante o ataque de 7 de outubro. Egito e Catar, juntamente com os Estados Unidos, ajudaram a mediar o acordo.

Cinquenta reféns serão libertados em etapas, em troca da libertação dos que o Hamas afirmou serem 150 prisioneiros palestinos. Ambos os lados libertarão primeiro mulheres e crianças.

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Israel afirmou que a trégua será prorrogada por mais um dia para cada 10 reféns adicionais libertados pelo Hamas. O Hamas anunciou que centenas de caminhões transportando ajuda humanitária, incluindo combustível, serão autorizados a entrar em Gaza.

Netanyahu esclareceu que o acordo também inclui uma disposição para que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha visite os reféns em cativeiro. Anteriormente, o CICV havia declarado não ter conhecimento de nenhum acordo nesse sentido.

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O cessar-fogo entrará em vigor às 10h00 locais (08h00 GMT) de quinta-feira, de acordo com o canal estatal egípcio Qahera TV.

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