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Desde o fim da trégua com o Hamas, o Exército israelense anunciou no sábado (2) ter realizado ataques contra mais de 400 “alvos terroristas” na Faixa de Gaza. Essas incidentes, que ocorreram por terra, mar e ar, resultaram em quase 180 mortes. Entre os ataques, destacam-se os realizados por aviões de guerra, que atingiram mais de 50 alvos na área de Khan Yunis, ao sul do enclave palestino.
Além disso, as forças militares de Israel confirmaram a morte de cinco reféns detidos em Gaza, divulgando os seus nomes. Esses eventos desencadearam uma resposta imediata da população, com milhões de habitantes buscando refúgio em hospitais e escolas transformados em abrigos para pessoas deslocadas.
Na sexta-feira (1º), os militares israelenses atingiram “mais de 200 alvos terroristas”, concentrando-se em áreas com explosivos escondidos, túneis utilizados para fins terroristas, plataformas de lançamento de foguetes e centros de comando do Hamas.
O Ministério da Saúde de Gaza reportou 178 mortos e 589 feridos, enquanto espessas colunas de fumaça se elevavam do estreito enclave de 362 quilômetros quadrados. Tragicamente, três jornalistas estão entre os mortos, elevando para 73 o número de repórteres falecidos desde o início do conflito, segundo o Hamas.
A retomada dos combates pôs fim à esperança de prolongar a trégua em vigor desde 24 de novembro. Essa trégua havia possibilitado a troca de bolsas de reféns detidas pelo Hamas por prisioneiros palestinos em Israel e facilitada a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
As negociações para terminar a trégua fracassaram, e ambas as partes culparam-se mutuamente, atribuindo o insucesso, em parte, as divergências sobre a liberação de reféns. A guerra, que teve início em 7 de outubro, resultou em ataques militantes islâmicos ao sul de Israel, causando 1.200 mortes, principalmente civis, e o sequestro de cerca de 240 pessoas.
Em resposta, Israel prometeu eliminar o Hamas e lançou uma campanha de ataques aéreos e terrestres em Gaza. Segundo o governo do Hamas, mais de 15 mil pessoas, em sua maioria civis, perderam a vida devido a esses ataques.
A retomada dos combates mergulhou mais uma vez na Faixa de Gaza em um “pesadelo”, conforme afirmou o chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Robert Mardini. A trégua anterior proporcionou o rompimento de uma população exausta após sete semanas de bombardeios e bloqueios práticos.