Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Nesta quinta-feira (28), o Papa Francisco provocou os jovens a contrariarem a guerra para construir um “mundo diferente”. A declaração foi dada na mensagem enviada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, em nome do argentino, para o 46º Encontro Europeu organizado pela Comunidade de Taizé.
Francisco ainda afirmou que a “violência está a ganhar cada vez mais terreno” porque as pessoas não escutam.
“Vivemos tempos difíceis com conflitos e guerras espalhados pelo mundo, porque ninguém mais escuta. Peço a todos para fazer isso, a ousar construir um mundo diferente, um mundo de escuta, de diálogo e de abertura”, disse Bergoglio.
Na mensagem, ele destacou que “vivemos em um mundo cheio de ruído onde os valores do silêncio e da escuta são sufocados” e, “neste contexto”, convidou todos a “redescobrir a dimensão profunda da escuta”.
“Ouvir é um ato de amor. Está no cerne da confiança. Sem ouvir, poucas coisas podem fazê-lo crescer ou desenvolver-se. Ouvir permite que você dê à outra pessoa o espaço que ela precisa para existir”, disse Francisco.
O Papa explicou que em “muitas vezes temos a impressão que aqueles que gritam mais alto merecem ser ouvidos”. “Infelizmente, hoje a violência ganha cada vez mais terreno”.
Na mensagem, o líder da Igreja Católica pede para todos os jovens “caminharem juntos” para “barrar o caminho à marginalização, ao fechamento, à exclusão e à rejeição de categorias de pessoas”.
Ele ainda apelou para que se tornem “construtores de pontes entre povos, culturas e religiões para um mundo estável e aberto”.
“Devemos nos comprometer a viver como o nosso mestre e senhor Jesus que não excluiu ninguém do seu caminho, reconheceu a presença de Deus naqueles que estavam à margem da sociedade e até em pessoas que não pertenciam ao seu povo”, explicou o Papa.
Por fim, o Pontífice pediu na mensagem aos jovens que transmitam, através de palavras e ações, “uma mensagem forte ao nosso mundo que rejeita as categorias vulneráveis” e que tornem “concretos os seus sonhos de amor, justiça e paz”.
“Viva o presente. Não sacrifique a sua preciosa juventude no altar do prazer, da artificialidade e da superficialidade. Não deixe que os seus sonhos lhe sejam roubados e ajude a construir uma sociedade digna desse nome”, concluiu o líder da Igreja Católica.