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O avião espacial robótico X-37B das forças armadas dos Estados Unidos decolou da Flórida em sua sétima missão. A missão marca a primeira vez que o avião foi lançado em um foguete SpaceX Falcon Heavy, que é capaz de levá-lo a uma órbita mais alta do que nunca.
O Falcon Heavy, composto por três núcleos de foguete amarrados juntos, decolou de sua plataforma de lançamento no Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida, na quinta-feira, em uma espetacular decolagem noturna que foi transmitida ao vivo.
O lançamento dos EUA ocorre duas semanas depois do avião espacial robô da China, conhecido como Shenlong, ou Dragão Divino, ter sido lançado em sua terceira missão em órbita desde 2020, acrescentando uma nova reviravolta à crescente rivalidade entre os dois países no espaço.
O Pentágono divulgou poucos detalhes sobre a missão X-37B, que deverá durar anos e está sendo conduzida pela Força Espacial dos EUA no âmbito do programa militar de Lançamento Espacial de Segurança Nacional.
A aeronave construída pela Boeing, que tem cerca de nove metros de comprimento e lembra um mini ônibus espacial, não é tripulada e realiza vários experimentos.
Sua primeira missão foi em 2010, e a mais recente em maio de 2020, com os voos confinados à órbita baixa da Terra, em altitudes inferiores a 2.000 quilômetros.
O Pentágono não disse a que altura o avião voará durante esta missão, mas em um comunicado no mês passado, o Gabinete de Capacidades Rápidas da Força Aérea disse que envolveria testes de “novos regimes orbitais, experimentando futuras tecnologias de reconhecimento do domínio espacial”.
O X-37B também está realizando um experimento para estudar como as sementes das plantas são afetadas pela exposição prolongada ao ambiente hostil da radiação no espaço.
O igualmente secreto Shenlong da China foi lançado em 14 de dezembro por um foguete Longa Marcha 2F.
O general da Força Espacial B Chance Saltzman disse a repórteres em uma conferência da indústria no início deste mês que provavelmente “não foi coincidência” que os lançamentos tenham ocorrido tão próximos.
“Não é surpresa que os chineses estejam extremamente interessados no nosso avião espacial. Estamos extremamente interessados neles”, disse Saltzman, de acordo com comentários publicados na Air & Space Forces Magazine, uma revista aeroespacial dos EUA.
“Esses são dois dos objetos mais observados em órbita enquanto estão em órbita. Provavelmente não é coincidência que eles estejam tentando nos igualar no momento e na sequência disso”, disse ele.
A duração planejada da última missão X-37B não foi tornada pública, mas presumivelmente ocorrerá até junho de 2026 ou mais tarde, dado o padrão prevalecente de voos sucessivamente mais longos.
O último voo, o mais longo até agora, durou dois anos e meio antes de pousar na pista do Centro Espacial Kennedy em novembro do ano passado.
Com informações de agências internacionais