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Mais de 5.600 soldados venezuelanos participam a partir desta quinta-feira (28) de exercícios militares convocados pelo presidente Nicolás Maduro como resposta ao que ele considera uma provocação e ameaça do Reino Unido. A decisão britânica de enviar um navio de guerra para a Guiana, em meio a uma longa disputa territorial, é o motivo alegado para a mobilização das tropas.
“Ordenei a ativação de uma ação conjunta de toda a Força Armada Nacional Bolivariana no Caribe Oriental da Venezuela, na fachada atlântica, uma ação conjunta de natureza defensiva e em resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania do nosso país”, disse Maduro em um discurso transmitido pela televisão.
O regime venezuelano emitiu uma nota rejeitando categoricamente a chegada do navio da Marinha britânica, alegando que a presença estrangeira vai contra o acordo estabelecido com a Guiana em relação a Essequibo. Essa região, objeto de disputa desde a época colonial, foi novamente destacada após um referendo indicar o apoio dos venezuelanos à anexação do território.
Guiana e Venezuela concordaram no início deste mês em evitar o uso da força e tensionar a disputa fronteiriça sobre o território rico em petróleo de Essequibo. A região, com 160 mil km², é geralmente reconhecida como parte da Guiana, mas a Venezuela reivindicou o território e áreas offshore nos últimos anos, especialmente após descobertas significativas de petróleo e gás.