Mundo

Coreia do Norte: Kim Jong-un intensifica preparativos militares e ameaça guerra nuclear

(X)

O líder norte-coreano Kim Jong-un reiterou ameaças de ataque nuclear à Coreia do Sul e ordenou a aceleração dos preparativos militares, declarando que uma “guerra” poderia “explodir a qualquer momento”, conforme divulgado pela agência estatal KCNA neste domingo (31). Durante um discurso após uma reunião de cinco dias do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, evento anual que define a direção estratégica do país, Kim criticou fortemente os Estados Unidos.

Durante a reunião, o partido governante anunciou planos para lançar três novos satélites espiões em 2024, a fabricação de drones e o desenvolvimento das capacidades de guerra eletrônica. Essas medidas foram adotadas enquanto Kim acusava os Estados Unidos de representarem “vários tipos de ameaça militar”.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

No discurso, Kim ordenou que o Exército monitorasse de perto a situação de segurança na península, respondendo “sempre com uma atitude arrasadora” às ameaças percebidas. Ele alertou que “uma guerra pode explodir a qualquer momento na península devido aos movimentos temerários dos inimigos para nos invadir”.

Enquanto Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos fortaleceram sua cooperação em defesa diante das ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, Pyongyang considerou essas ações “intencionalmente provocadoras”. Kim insistiu na necessidade de acelerar os preparativos para pacificar todo o território da Coreia do Sul, incluindo o uso de meios nucleares em caso de emergência.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Kim Jong-un anunciou que não buscará mais a reconciliação e reunificação com a Coreia do Sul, citando uma “persistente e incontrolável situação de crise” que atribuiu a Washington e Seul. As relações entre as Coreias se deterioraram após o lançamento de um satélite espião pelo Norte, levando Seul a suspender parcialmente um acordo militar de 2018.

O líder norte-coreano também ordenou a reorganização dos departamentos responsáveis pelos assuntos fronteiriços, visando uma mudança radical de rumo. Analistas apontam que a ênfase nas “significativas capacidades nucleares” pode ser uma estratégia para desviar a atenção dos desafios econômicos enfrentados pelo país.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Apesar das retóricas belicosas, observadores destacam que as ações militares da Coreia do Norte têm implicações não apenas para a dissuasão, mas também para a política interna e a coerção internacional. No ano passado, o país se declarou uma potência nuclear “irreversível”, incorporando esse status à sua Constituição. O Conselho de Segurança da ONU instou a Coreia do Norte, por meio de resoluções, a deter seus programas balísticos e nucleares desde 2006.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile