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Papa Francisco critica prisão de padres na Nicarágua

Foto: CNBB/Divulgação

O papa Francisco expressou nesta segunda-feira (3 de janeiro) sua “preocupação” com a prisão de padres católicos na Nicarágua do ditador Daniel Ortega. Em entrevista ao site argentino Infobae, Francisco pediu que “se busque sempre o caminho do diálogo” para superar os problemas.

“Sigo com preocupação tudo o que está acontecendo na Nicarágua, onde bispos e padres foram privados de sua liberdade. Levo a eles, a suas famílias e a toda a Igreja do país minha proximidade em oração”, disse o papa da janela do Palácio Apostólico, após o rezo do primeiro Ângelus do ano.

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Francisco, primeiro pontífice latino-americano da história, instou à “oração insistente” aos fiéis que o ouviam da Praça de São Pedro, no Vaticano, e “a todo o povo de Deus”.

“Enquanto isso, espero que se busque sempre o caminho do diálogo para superar as dificuldades. Rezemos hoje pela Nicarágua”, concluiu.

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O governo nicaraguense de Daniel Ortega e a Igreja católica vivem momentos de grande tensão, marcadas pela expulsão e prisão de padres, a proibição de atividades religiosas e a suspensão de suas relações diplomáticas.

Desde o dia 20 de dezembro, a polícia nicaraguense prendeu um bispo, 13 padres e dois seminaristas, segundo denunciaram defensores de direitos humanos e dirigentes opositores no exílio.

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Nem o regime nem a polícia confirmam ou negam a suposta prisão desses 16 religiosos, que se juntam ao bispo Rolando Álvarez, que no dia 10 de fevereiro foi condenado a 26 anos e 4 meses de prisão, despojado de sua nacionalidade e suspenso de seus direitos civis de por vida pelo crime de traição à pátria.

No mês passado, Ortega ordenou a dissolução na Nicarágua da Companhia de Jesus, ordem a que pertence o próprio papa Francisco, além de expropriar todo seu patrimônio.

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Meses antes, o pontífice havia criticado o regime de Ortega, chamando-o de “ditadura grosseira”, após a condenação de dom Álvarez.

“Com muito respeito, não me resta outra que pensar em um desequilíbrio da pessoa que dirige (Ortega). Temos aí um bispo preso, um homem muito sério, muito capaz. Quis dar seu testemunho e não aceitou o exílio”, afirmou o papa.

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No dia 18 de outubro, o regime nicaraguense libertou 12 padres e os enviou ao Vaticano após um acordo com a Santa Sé. No entanto, dom Álvarez não estava entre eles, pois se recusa a abandonar o país.

A Nicarágua enfrenta uma crise desde abril de 2018, que se agravou após as eleições de novembro de 2021, nas quais Ortega foi reeleito para um quinto mandato, o quarto consecutivo e o segundo ao lado de sua esposa, Rosario Murillo, como vice-presidente, com seus principais oponentes na prisão.

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