Mundo

Vaticano esclarece que bênção a casais do mesmo sexo não é endosso à homossexualidade

(Vatican Media)

O Vaticano reforçou que permitir que padres abençoem casais do mesmo sexo não é um endosso à homossexualidade, mas também não é blasfemo, após algumas reações negativas de bispos católicos à medida anunciada no mês passado.

O Papa Francisco aprovou uma decisão em dezembro permitindo que padres abençoassem casais não casados e do mesmo sexo, desde que a bênção fosse realizada sem qualquer tipo de ritualização e não desse a impressão de aprovação da igreja ao relacionamento.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

A decisão foi acolhida positivamente pelos católicos LGBTQ+, mas causou confusão entre bispos em alguns países, principalmente na África, onde alguns afirmaram que não a implementariam.

Em um lembrete da doutrina da Igreja Católica sobre o casamento, o Vaticano esclareceu na quinta-feira que conceder bênçãos a casais do mesmo sexo não era “uma justificativa para todas as suas ações, e não é um endosso à vida que levam”. No entanto, a medida não deve ser considerada “herética, contrária à tradição da igreja ou blasfema”.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Padres podem optar por dar bênçãos caso a caso, mas, embora o Vaticano reconheça que tais gestos seriam “imprudentes” em países onde ser homossexual pode resultar em tortura, prisão ou até mesmo morte, não pode impor uma proibição total.

Em um comunicado de cinco páginas, o Vaticano explicou que as “bênçãos pastorais” devem ser “muito curtas” e não devem justificar nada que seja “moralmente inaceitável”. O comunicado detalhou o contexto em que tais gestos podem ser realizados, por exemplo, durante uma peregrinação em grupo, se dois divorciados que agora formam um casal pedirem ao padre para abençoá-los. “Neste caso, o padre pode recitar uma simples oração… e então conclui com o sinal da cruz nas duas pessoas. Estamos falando de algo que dura 10 ou 15 segundos.”

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O Vaticano reiterou que, quando um casal do mesmo sexo busca uma bênção, ela “nunca deve ser concedida concomitantemente com as cerimônias de uma união civil, e nem mesmo em conexão com elas. Também não pode ser realizada com roupas, gestos ou palavras próprias de um casamento.”

Quando a medida foi anunciada em dezembro, foi descrita por um observador como “provavelmente a mudança pastoral mais concreta na posição da igreja em relação a casais gays nos 2.000 anos de história da igreja”.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

A decisão seguiu uma carta que o Papa Francisco enviou a dois cardeais conservadores, publicada em outubro. Na carta, Francisco afirmou que tais bênçãos poderiam ser oferecidas em circunstâncias específicas, contanto que não fossem confundidas com o sacramento do casamento.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile