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Na noite de quarta-feira (10), uma hora antes do início do toque de recolher no Equador, uma boate da cidade de El Coca, no Amazonas, foi atacada por terroristas. Os criminosos detonaram um explosivo que iniciou um incêndio que se espalhou rapidamente pelo centro de entretenimento, afetando também comércios próximos. Ao menos duas pessoas morreram e outras nove ficaram feridas.
O ataque ocorreu no Dubai Disco-Bar, localizado na rua Cuenca entre 6 de dezembro e 9 de outubro, no Malecón Chiquito. A boate fica a poucos quarteirões do Governo Orellana.
El Coca é a segunda cidade mais populosa da Amazônia equatoriana, com pouco mais de 45 mil habitantes. Localizada entre os rios Napo, Coca e Payamino, a cidade viveu um momento de boom econômico como resultado da exploração do petróleo na década de 1950.
Algumas pessoas que estiveram no local fizeram transmissões ao vivo do ocorrido e disseram que antes da explosão foram ouvidos tiros.
Os Bombeiros, a Polícia e as Forças Armadas foram ao local e resgataram as vítimas.
Segundo o jornal equatoriano Primícias, as chamas afetaram uma floricultura e outros estabelecimentos comerciais. Os donos desses comércios chegaram ao local para resgatar a mercadoria. Em meio ao caos, as pessoas que estavam no local ajudaram quem precisava.
A Polícia Equatoriana publicou os resultados de diversas operações em todo o país. Segundo o que foi divulgado pela entidade, durante a noite do dia 10 de janeiro e a madrugada do dia 11, foram presas 29 pessoas envolvidas em atos terroristas, apreendidas armas, explosivos, drogas e veículos.
Em um primeiro relatório divulgado na tarde de quarta-feira, as Forças Armadas informaram que cinco terroristas foram mortos e outros 329 pertencentes a três quadrilhas criminosas que são alvos militares por ordem presidencial foram presos.
Desde segunda-feira, 8 de janeiro, o Equador vive dias ininterruptos de violência que levaram o governo a declarar conflito armado interno e a ordenar ações militares contra grupos do crime organizado no país, que foram declarados organizações terroristas.
Quatro dias após o início dos violentos acontecimentos, ainda existem pelo menos 139 reféns em cinco prisões do país e até agora o estado dos detidos não foi atualizado. Nestes dias, foram sequestrados nove policiais, dos quais seis já foram resgatados.
O chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, Jaime Vela, pediu à população que tenha fé e confiança nas forças de segurança. Ele garantiu que as Forças Armadas e a Polícia Nacional estão trabalhando para recuperar o controle do país o mais rapidamente possível.
O presidente Guillermo Lasso, que está no poder há menos de dois meses, também falou sobre os últimos atos violentos no país. Ele garantiu que o governo está “combatendo o narcoterrorismo” e destacou que não cederá aos criminosos que chamou de “terroristas”.