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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira que não aceitará as exigências do grupo terrorista Hamas sobre os reféns retidos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro.
“O Hamas tem exigências que não aceitaremos”, disse Netanyahu durante uma reunião de representantes de seu partido, acrescentando que os termos de um eventual acordo “devem ser semelhantes aos do acordo anterior”, que permitiu uma trégua em novembro.
Por outro lado, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinuar, está “de esconderijo em esconderijo” e não pode se comunicar com seu entorno.
“Os líderes do Hamas, com Yahya Sinuar à frente, estão fugindo. Sinuar vai de esconderijo em esconderijo, é incapaz de se comunicar com seu entorno”, disse Gallant em uma sessão informativa televisionada.
O ministro, que não forneceu detalhes sobre o paradeiro de Sinuar, afirmou que o líder islâmico não está mais no comando de suas forças porque está focado em “sua sobrevivência pessoal”.
Israel acusa Sinuar de ter orquestrado o sangrento ataque do Hamas em 7 de outubro, que desencadeou a guerra.
Naquele dia, os combatentes islâmicos mataram cerca de 1.160 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP com base em números oficiais.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou pelo menos 27.472 mortos na Faixa de Gaza, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o ministério da Saúde do Hamas, que governa o território palestino.
Nas últimas semanas, as forças israelenses concentraram seus ataques em Jan Yunis, cidade natal de Sinuar, no sul de Gaza.
Yahya Sinuar juntou-se ao Hamas quando o grupo foi fundado em 1987, ano em que ocorreu a primeira Intifada (levantamento contra a ocupação israelense).
O combatente ascético, conhecido por sua discrição, não foi visto desde 7 de outubro.
O porta-voz militar israelense Richard Hecht o chamou de “rosto do diabo” e o declarou “homem morto”. No entanto, as forças israelenses em Gaza ainda não localizaram nenhum dos principais líderes do Hamas.
As tropas encontraram “material importante” nos lugares onde Sinuar esteve recentemente, disse Gallant, garantindo que continuarão perseguindo os milicianos no território palestino.
O exército “chegará a lugares onde ainda não lutamos (…) até o último bastião do Hamas, que é Rafah”, acrescentou.
A cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, próxima à fronteira com o Egito, abriga atualmente mais da metade da população do território, deslocada pelos combates.
(Com informações da AFP)