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Tribunal Houthi no Iêmen condena 13 pessoas à morte por homossexualidade

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Um tribunal administrado pelos Houthi no Iêmen condenou 13 pessoas à morte por homossexualidade, em um caso que gerou indignação entre grupos de direitos humanos. A sentença surge em meio a crescentes denúncias de abusos por parte dos rebeldes apoiados pelo Irã.

“Os Houthi estão aumentando seus abusos em casa enquanto o mundo está ocupado observando seus ataques no Mar Vermelho”, disse Niku Jafarnia, investigador do Iêmen da Human Rights Watch. “Se eles realmente se importassem com os direitos humanos que afirmam defender na Palestina, não estariam açoitando e apedrejando os iemenitas até a morte.”

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Outras 35 pessoas foram detidas sob acusações de homossexualidade, segundo uma fonte judicial que falou à AFP sob condição de anonimato. As sentenças, que são passíveis de recurso, nem sempre são executadas pelos Houthi, que controlam as áreas mais populosas do Iêmen e estão envolvidos em uma guerra de longa data com uma coalizão liderada pelos sauditas.

Um relatório de 2022 do Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos revela que os Houthi já condenaram 350 pessoas à morte desde que tomaram a capital Sana’a em 2014, e executaram 11 delas. As ONGs alertam para o aumento dos abusos de direitos desde que o grupo intensificou seus ataques no Mar Vermelho, em protesto contra a guerra entre Israel e o Hamas.

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Em dezembro, a ativista iemenita de direitos humanos Fatima Saleh Al-Arwali foi condenada à morte sob a acusação de espionagem para os Emirados Árabes Unidos, membro da coalizão militar que interveio no Iêmen em 2015.

Os Houthi, originários do norte montanhoso do Iêmen e membros da minoria Zaidi, uma vertente do Islã xiita, surgiram na década de 1990, em resposta à suposta negligência de sua região. Desde então, têm enfrentado uma coalizão pró-governo liderada pela Arábia Saudita em um conflito que já causou centenas de milhares de mortes e deixou milhões à beira da fome.

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