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O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, criticou duramente o presidente russo Vladimir Putin pela morte de seu principal opositor, Alexei Navalny, na prisão. Cameron, em sua participação na Conferência de Segurança em Munique, destacou a bravura de Navalny e a natureza “abominável” do regime de Putin.
“Após refletir durante a noite, você pensa em quão terrivelmente corajoso este homem era. Sua vida revelou grande parte da natureza do regime abominável de Vladimir Putin e sua morte a revelou novamente”, disse Cameron.
Ele defendeu a necessidade de medidas contra o governo russo pela morte de Navalny. “Deve haver consequências. Quando ocorrem terríveis atrocidades de direitos humanos como esta, o que fazemos é ver se há pessoas concretas responsáveis e se há medidas e ações individuais que podemos tomar”, afirmou.
Cameron, no entanto, evitou entrar em detalhes precipitados, pois ainda está em andamento uma investigação sobre o caso e sobre o “tratamento dado a essa pessoa”. Ele adiantou que, durante o encontro com seus pares do G-7, os convidará a aderir a essa iniciativa e avaliar a imposição de novas sanções ao Kremlin.
O ministro também informou que o embaixador de Moscou no Reino Unido foi convocado para deixar clara a postura do governo britânico diante deste “terrível acontecimento”.
Reações internacionais:
- O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, lamentou a “terrível notícia” da morte de Navalny e o classificou como um “defensor da democracia” na Rússia.
- Dezenas de pessoas se reuniram em frente à embaixada da Rússia em Londres com cartazes e slogans contra Putin.
- Manifestações semelhantes ocorreram em cidades como Roma, Barcelona, Munique, Berlim, Lisboa e Nova York.
- Na própria Rússia, a polícia reprimiu violentamente protestos em Moscou e São Petersburgo, com mais de 400 pessoas detidas.
Família e colaboradores exigem respostas:
- Os colaboradores e familiares de Navalny exigem que as autoridades entreguem “de imediato” o corpo do líder oposicionista para que as causas de sua morte possam ser esclarecidas.
- A porta-voz de Navalny, Kira Yarmysh, acusou os “assassinos” de tentar encobrir seus rastros e afirmou que “Putin o matou”.
- Sua mãe, Liudmila Navalnaya, viajou para a região onde Navalny estava preso para confrontar os oficiais da prisão.