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Na manhã desta segunda-feira (26), o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, anunciou que estava renunciando para permitir a “formação de amplo consenso” entre os palestinos sobre os acordos políticos, em decorrência da guerra de Israel contra o grupo terrorista palestino Hamas na Faixa de Gaza.
A decisão de Shtayyeh ocorre em meio à crescente pressão dos EUA sobre o presidente Mahmoud Abbas para que ele dê uma “guinada” na Autoridade Palestina (AP). Esforços internacionais se intensificam para acabar com os combates em Gaza e começar a trabalhar em uma estrutura política para governar o enclave após a guerra.
A renúncia de Shtayyeh ainda deve ser aceita por Abbas, que pode pedir que ele permaneça como interino até que um substituto permanente seja nomeado.
Em declaração ao gabinete, Shtayyeh disse que a próxima etapa precisaria levar em conta a realidade em Gaza, que foi devastada por quase 5 meses de combates pesados. O economista afirmou que a próxima etapa “exigirá novos arranjos governamentais e políticos que levem em conta a realidade emergente na Faixa de Gaza, as negociações de unidade nacional e a necessidade urgente de um consenso interpalestino”.
Além disso, seria necessária “a extensão da Autoridade sobre todo o território da Palestina”, de acordo com Shtayyeh.
A Autoridade Palestina, formada há 30 anos sob os acordos de paz provisórios de Oslo, exerce governo limitado sobre partes da Cisjordânia ocupada, mas perdeu o poder em Gaza após luta com o Hamas em 2007.
Fatah, a facção que controla a Autoridade Palestina, e o Hamas têm se esforçado para chegar a acordo sobre um governo de unidade e devem se reunir em Moscou na quarta-feira (28).
Uma autoridade do Hamas disse que a medida deve ser seguida por um acordo mais amplo sobre a governança para os palestinos.
“A renúncia do governo de Shtayyeh só faz sentido se ocorrer dentro de um consenso nacional sobre os arranjos para a próxima fase”, disse à agência de notícias Reuters Sami Abu Zuhri, autoridade sênior do Hamas.