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Um estado de emergência de 72 horas foi declarado no Haiti após gangues armadas invadirem duas das maiores prisões do país, permitindo a fuga de milhares de pessoas, segundo relatos.
De acordo com vários meios de comunicação, um comunicado do governo informou que duas prisões, uma na capital, Port-au-Prince, e outra na cidade vizinha de Croix des Bouquets, foram tomadas por membros de gangues no fim de semana.
Segundo a imprensa local, acredita-se que quase todos os 4.000 detentos do Penitenciária Nacional do Haiti, em Port-au-Prince, tenham escapado.
No domingo, o governo do Haiti impôs estado de emergência e toque de recolher noturno na tentativa de restaurar a ordem. O ministro da Fazenda, Patrick Boisvert, supostamente pediu à polícia que use “todos os meios legais” para recapturar os prisioneiros e impor o toque de recolher, de acordo com a Al Jazeera.
Boisvert está temporariamente encarregado do governo haitiano enquanto o primeiro-ministro, Ariel Henry, está em viagem ao Quênia, buscando apoio para uma força de segurança apoiada pela ONU para ajudar a sustentar o país após anos de violência mortal de gangues.
O advogado haitiano Arnel Remy, chefe do Coletivo de Advogados para a Defesa dos Direitos Humanos no Haiti, disse em uma atualização traduzida pelo Google na plataforma de mídia social X que um total de 3.597 prisioneiros escaparam da Penitenciária Nacional.
A ONU alertou que a presença do governo haitiano “continua a se corroer”, com a falta de lei e a violência extrema de gangues lançando uma longa sombra sobre a vida cotidiana no país devastado pela crise.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários afirma que o Haiti enfrentou uma série de desafios nos últimos anos, “abrangendo questões políticas, sociais e econômicas, ainda mais exacerbadas por desastres naturais recorrentes”.
Alerta de segurança
Em uma postagem traduzida pelo Google no X, um dos sindicatos policiais do Haiti convocou no domingo todos os oficiais da capital para ajudar na batalha para retomar o controle da prisão. “Ninguém na capital será poupado, pois haverá 3.000 bandidos extras a partir de agora”, disse o comunicado.
A embaixada dos EUA no Haiti emitiu no domingo um alerta de segurança, pedindo aos cidadãos americanos que deixem o país o mais rápido possível por meio de transporte comercial ou outras opções de transporte privado disponíveis.
A embaixada, que na sexta-feira alertou sobre tiros pesados e interrupções no tráfego perto do aeroporto de Port-au-Prince, disse que as operações seriam limitadas na segunda-feira e que outras atividades poderiam ser afetadas devido à “violência de gangues e seus efeitos no transporte e infraestrutura”.