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Israel criticou o Hamas por suas demandas nas negociações visando uma nova trégua antes do início do Ramadã, acusando o grupo de buscar uma escalada no conflito durante o mês sagrado para os muçulmanos.
“A esta altura, o Hamas está fortalecendo sua posição para dificultar o acordo e busca incendiar a região durante o Ramadã às custas dos residentes palestinos da Faixa de Gaza”, afirmou a Oficina do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu sobre os interesses do grupo terrorista.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, também declarou que “o Hamas está impedindo um cessar-fogo humanitário e continua aumentando o sofrimento da população de Gaza”.
Nos últimos dias, Catar, Estados Unidos e Egito, principais mediadores nesta guerra, tiveram reuniões repetidas com as partes em conflito para conseguir uma nova trégua que permita a suspensão temporária dos ataques, o retorno dos reféns israelenses e a entrada de mais ajuda humanitária no enclave.
No entanto, recentemente, as conversações foram interrompidas devido a exigências consideradas “delirantes” ou inaceitáveis pelo lado oposto. Entre elas está o pedido do Hamas por um compromisso com o cessar total das hostilidades e a retirada das tropas israelenses, algo que vai contra as declarações de Netanyahu, que prometeu não parar até vencer essa batalha, que implica a erradicação do grupo.
Enquanto isso, Tel Aviv exige uma lista com os nomes dos reféns que ainda estão vivos, algo que a milícia terrorista se recusa a fornecer.
Até o momento, foi alcançado um consenso sobre a duração, seis semanas, e a quantidade de civis a serem devolvidos: 40 em troca de 400 prisioneiros palestinos.
Apesar de não haver acordo antes do início do mês sagrado, o chefe do Mossad, David Barnea, e seu homólogo da CIA, Bill Burns, se reuniram e continuaram trocando opiniões e explorando alternativas.
Além disso, uma nova cúpula será realizada no Cairo neste domingo, enfatizando que os contatos e a cooperação com os mediadores continuam o tempo todo, na tentativa de reduzir as diferenças e promover os acordos.
O presidente Joe Biden alertou esta semana que Israel e Jerusalém poderiam ser muito perigosos no próximo mês se não houver avanço, referindo-se à visita de milhares de fiéis à mesquita de Al-Aqsa, um ponto de violência durante o Ramadã há anos.
Enquanto continuam as reuniões diplomáticas, o porta-voz das Brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas, convocou uma mobilização geral dos palestinos “para enfrentar a arrogância da ocupação em todos os campos de batalha” durante o Ramadã.
Com informações da EFE e AFP