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Ex-presidente russo propõe anexação total da Ucrânia como ‘plano de paz’ do Kremlin

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O vice-presidente do Conselho de Segurança russo e ex-presidente russo, Dmitri Medvedev, revelou nesta quinta-feira (14) os detalhes da chamada “Fórmula de Paz russa” para encerrar a invasão à Ucrânia, que exigiria a rendição incondicional de Kiev, o pagamento de todas as compensações devidas à Rússia e a anexação de todo o território ucraniano em troca do fim das hostilidades pelo Kremlin.

“Não vemos nenhum desejo de negociar por parte da chamada antiga Ucrânia. Pelo menos com base no reconhecimento das realidades, como disse ontem (o presidente russo, Vladimir) Putin”, afirmou Medvedev em um texto publicado em seu canal no Telegram. Segundo o funcionário, a Ucrânia só reconhece uma fórmula de paz “descerebrada”, sugerida por “um palhaço provinciano de mallas verdes”.

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“Aparenta ser tão artificial que a única saída é criar a nossa própria fórmula, russa, tranquila e bastante realista. Humana para todos”, continuou Medvedev, um dos mais fervorosos aliados do presidente Vladimir Putin e que foi presidente da Rússia de 2008 a 2012.

A fórmula de paz proposta por Medvedev, um falcão que, segundo diplomatas, dá uma ideia do que se pensa no Kremlin, prevê que a Ucrânia admita sua derrota no conflito e se renda incondicionalmente.

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A proposta russa também implica o reconhecimento de todo o território da Ucrânia como território russo e a adoção do ato de reunificação com a Federação Russa, bem como o reconhecimento deste ato nas Nações Unidas.

Outra condição detalhada por Medvedev é a perda pela Ucrânia de sua personalidade jurídica mundial e a proibição de se juntar a alianças militares sem o consentimento da Federação Russa.

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Além disso, um parlamento provisório deveria ser introduzido na Ucrânia quando o país for derrotado. Em particular, Medvedev sugeriu “a renúncia de todas as autoridades constitucionais ‘da antiga ‘Ucrânia’ e a realização imediata de eleições para o Parlamento provisório do território autogovernado sob os auspícios das Nações Unidas”.

O Parlamento Provisório da Ucrânia terá que aprovar uma lei estabelecendo um procedimento de compensação pelos danos causados às regiões da Rússia, bem como aos cidadãos feridos e às famílias dos russos mortos.

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“Esta poderia ser a fórmula de paz suave da Rússia. É um compromisso, certo? Acredito que, com base nisso, podemos buscar um consenso benigno com a comunidade internacional, incluindo o mundo anglo-saxão, para realizar cúpulas produtivas, contando com a compreensão mútua de nossos amigos íntimos: os parceiros ocidentais”, concluiu Medvedev.

Em uma mostra das intenções do Kremlin, em 4 de março, Medvedev falou diante de um mapa gigante da Ucrânia que mostrava o país como uma porção de terra sem saída para o mar muito menor do que seu território reconhecido internacionalmente.

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O mapa parecia descrever um cenário no qual a Ucrânia ficaria pressionada contra a Polônia, com Kiev como capital, mas a Rússia controlaria uma faixa de cidades ucranianas, bem como o leste, o sul e toda a costa do Mar Negro.

Rússia tem a iniciativa no campo de batalha e controla um pouco menos de um quinto do território ucraniano, que reivindica como próprio. Mas está longe de conquistar mais território e obter a capitulação de Kiev, que por sua vez ataca cada vez mais regiões russas. Moscou pensava que o assalto à Ucrânia duraria alguns dias ou talvez semanas, e acaba de completar dois anos.

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Não houve reação imediata de Kiev às novas declarações de Medvedev. As autoridades ucranianas acusaram repetidamente o ex-presidente e outros altos funcionários russos de travar uma guerra ilegal de conquista e afirmaram que a Ucrânia e seu povo são diferentes da Rússia e dos russos.

 

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*Com informações da AFP, AP e Tass

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