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Zelensky critica Putin por tentativa de vincular massacre em Moscou à Ucrânia

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O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, criticou seu homólogo russo, Vladimir Putin, após este insinuar a participação de cidadãos ucranianos no massacre que ocorreu na véspera no Crocus City Hall, em Moscou, deixando pelo menos 133 mortos.

Embora horas após o crime o Estado Islâmico tenha reivindicado as ações sangrentas, inicialmente surgiram versões locais que afirmavam que os ucranianos estariam por trás do plano. Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, anunciou rapidamente que se ficasse comprovado que Kiev estava envolvida, eliminaria seus principais oficiais.

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“Se for estabelecido que se trata de terroristas do regime de Kiev… todos eles devem ser encontrados e destruídos sem piedade como terroristas”, escreveu Medvedev em uma mensagem no Telegram, acrescentando que também seriam punidos “os representantes oficiais do Estado que cometeram tal crime”.

Desde o início, a Ucrânia se distanciou do episódio, assim como a Legião da Liberdade da Rússia, algo que foi confirmado com a mensagem dos terroristas.

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No entanto, o Kremlin continuou com seu objetivo de colocar Kiev no centro do atentado e afirmou, horas atrás, ao deter os combatentes culpados, que estes planejavam escapar para o país vizinho.

Por isso, Zelensky usou suas redes sociais para enviar uma mensagem ao mundo, lembrando a natureza do regime de Putin e deixando claro sua disposição de usar qualquer episódio – por mais trágico que seja – a seu favor.

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“O que aconteceu ontem em Moscou é totalmente previsível e Putin e outros tentam culpar outros. Seus métodos são sempre os mesmos, já vimos isso antes”, começa dizendo em um vídeo e, em seguida, detalha algumas das brutalidades pelas quais o Presidente russo é responsável: “Houve casas explodidas, tiroteios em massa, explosões, e sempre culparam outros. Eles vieram para a Ucrânia, incendiaram nossas cidades e depois tentaram nos culpar. Torturam e estupram as pessoas e depois as culpam. Trouxeram centenas de milhares de seus terroristas para o território ucraniano e nos declararam guerra, mas não se importam com o que acontece dentro de seu país”.

Nesse sentido, Zelensky sentenciou que “tudo isso aconteceu ontem” e “em vez de cuidar de seus cidadãos russos e se dirigir a eles, Putin permaneceu em silêncio por um dia, pensando em como relacionar isso à Ucrânia”.

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Por isso, o presidente chamou o povo vizinho a se rebelar contra essas ações e pôr um fim aos manejos do líder do Kremlin, advertindo que, se não o fizerem, esse tipo de ações só aumentará e será mais frequente.

“Se estiverem dispostos a morrer tranquilamente em outros Crocus e não questionar seus serviços especiais, Putin tentará explorar mais essas situações para seu benefício pessoal. Os terroristas sempre devem perder”, sentenciou.

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Por último, aproveitou para reclamar novamente o fim da guerra que Moscou lançou sobre a Ucrânia em fevereiro de 2022 e lembrou que esta não é apenas um problema para seu país, mas também para o mundo.

“Aqueles centenas de milhares de russos que agora estão matando em solo ucraniano seriam, sem dúvida, suficientes para dissuadir qualquer terrorista”, concluiu.

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